Condenado por matar segurança de bar do Marista em 2001 morre em confronto com o COD
Flávio José estava em liberdade condicional e era monitorado por tornozeleira eletrônica. Segundo a PM, continuava traficando drogas e estuprando menores
Um condenado por matar o segurança de um bar do Setor Marista em 2001 morreu após confronto com militares do Comando de Operações de Divisas (COD) nesta semana. Segundo a Polícia Militar (PM), mesmo em liberdade condicional e monitorado por tornozeleira eletrônica, Flávio José Gomes da Silva, de 43 anos, continuava frequentando baladas e drogando menores de idade para estuprá-las.
Ele foi preso pela primeira vez em 2001 pelo assassinato do segurança do Pancho’s Grill, estabelecimento badalado que funcionava na Avenida Portugal. O crime foi praticado no dia 24 de outubro daquele ano, por vingança.
Na época, a polícia descobriu que Eurides Correia da Silva, o segurança, foi morto com um tiro na testa, na porta do estabelecimento onde trabalhava, por ter prestado depoimento como testemunha contra Flávio. Ele era denunciado por uma adolescente que afirmava ter sido estuprada por um frequentador do estabelecimento.
Condenado por matar segurança do Pancho’s Grill manteve comportamento criminoso no semiaberto
Reconhecido pelo segurança como autor do estupro e denunciado pela menor, Flávio José foi condenado, em 2002. Preso desde então, ele foi beneficiado ao longo dos anos em quatro oportunidades para cumprir a pena no regime semiaberto, mas voltou para a cadeia três vezes após ser preso e autuado por tráfico de drogas e sequestro relâmpago.
Após passar quase 20 anos na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, Flávio José, que acumulava 56 anos de condenação, foi beneficiado, em 2019, com progressão de pena para o regime aberto, mas seguia monitorado por tornozeleira eletrônica. Apesar de ter entrado em 2020 em uma faculdade particular para cursar Direito, o condenado, segundo a PM, continuou praticando crimes.
PM diz que condenado colocava papel alumínio na tornozeleira para sair à noite
Quando abordado na noite de quarta-feira (14), na GO 070, perto de Inhumas, Flávio José, que dirigia um veículo modelo Chevrolet Ônix, usou uma pistola calibre 380 para atirar contra os PMs do COD. Baleado no revide, ele morreu antes mesmo da chegada do socorro médico, ocasião em que os militares constataram que a tornozeleira eletrônica que o monitorava havia sido coberta com papel alumínio. O recurso impedia o seu rastreamento.
No momento do confronto com o COD, Flávio estava com um conhecido dentro do carro, mas este homem conseguiu fugir correndo a pé por uma mata, deixando para trás um revólver calibre 32. A PM ainda não conseguiu identifica-lo.
Ostentação nas redes sociais e estupros de adolescentes
Em postagens feitas no Instagram, Flávio José aparecia ostentando dinheiro e bebidas em casas noturnas. Segundo a PM, o condenado cobria a tornozeleira com papel alumínio para poder sair durante a noite e madrugada, ocasiões em que estaria vendendo drogas em casas noturnas.
Uma denúncia feita via mensagem de WhatsApp para o COD no início deste mês afirmava que Flávio José colocava drogas nas bebidas de menores de idade que conhecia nas baladas, para depois estupra-las. No porta luvas do carro que ele dirigia quando foi abordado, os PMs apreenderam 30 porções de cocaína e uma balança de precisão.