Condenado suspeito de comandar execuções de dentro da POG será transferido para Planaltina
Anúncio foi feito durante apresentação de suspeitos que teriam participado de cinco assassinatos em pouco mais de um ano em Goiânia
A cúpula da Segurança Pública de Goiás apresentou nesta terça-feira (24) à imprensa quatro suspeitos de integrar uma facção criminosa que teria executado cinco pessoas em pouco mais de um ano em Goiânia. O líder de um dos grupos, que cumpre pena em Aparecida de Goiânia, e que teria encomendado quatro destes assassinatos de dentro da prisão, será transferido para o Presídio de Planaltina, recém inaugurado, e que é considerado de segurança máxima.
Conhecido como “Renatinho Big”, Renato Rodrigues Costa, que cumpre pena por homicídio e tráfico de drogas na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG) continuava, segundo a polícia, de dentro da cadeia, comandando o tráfico de drogas e execuções na região dos Setores Real Conquista e Itaipu, em Goiânia. Em 13 de julho do ano passado, ele teria determinado a execução de Luiz Paulo Porto Sales, que estaria vendendo drogas em uma área controlada por ele.
Um dia após a morte de Luiz Paulo, o braço direito de Renatinho, Gustavo Matias Araújo, o “Macaco”, foi executado a tiros em Goiânia. Este crime teria provocado a ira de Renatinho, que foi flagrado em um áudio obtido pela polícia Civil chorando e prometendo vingança pelo assassinato do parceiro. A partir de então, outras três pessoas foram executadas, João Victor Bueno Viana, em sete de agosto do ano passado, Lucas Ferreira Marinho, em 30 de dezembro, e Edvaldo José do Nascimento, em 14 de janeiro de 2019. Edvaldo, de acordo com as investigações, teria sido o autor da execução de Gustavo Macaco.
Elucidação
Além de esclarecer os cinco crimes, as equipes da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) também identificaram os executores Caio Felipe Souza Monteiro, Denilson Ferreira da Costa, o “Bagdá”, Leandro Alves dos Santos, o “Fumaça”, Leandro Marcos Gomes Pereira, o “Cota”, Anderson Oliveira dos Santos, o “Baby”, e Eduardo Pereira Alves, o “Dalcin”. Todos os seis suspeitos foram presos e indiciados, mas dois deles não foram apresentados à imprensa porque já estavam recolhidos por outros crimes no interior do Estado. Durante a operação que culminou com a identificação e prisão dos seis suspeitos de assassinatos, a DIH apreendeu quatro pistolas e um revólver.
“O mais importante, além de elucidarmos todos estes crimes, claro, é que descobrimos que o mentor de quase todos estes assassinatos é um bandido que já está preso, e que agora ficará de fato isolado de tudo e de todos, primeiramente no Núcleo de Custódia, e ainda esta semana, no Presídio de Planaltina. Nós já fizemos isso com outros líderes de facções, faremos com todos aqueles que continuam usando as cadeias de Goiás como escritórios do crime e só vamos parar quando conseguirmos zerar esse tipo de atividade criminosa por aqui”, afirmou o secretário da Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda.