14 ANOS DE PRISÃO

Condenado traficante que mandou matar a ex por não aceitar o fim do casamento

Crime foi motivado por vingança, já que, após o fim do casamento, a vítima teria se relacionado com um desafeto do mandante do assassinato

Um traficante que mandou matar a ex por não aceitar o fim do casamento foi condenado a 14 anos de prisão. O crime ocorreu no Goiânia Viva. (Foto: Freepik)

Um traficante que mandou matar a ex por não aceitar o fim do casamento foi condenado a 14 anos de prisão. A sentença foi dada durante sessão do Tribunal do Júri presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, na última semana. Outros quatro acusados de envolvimento no assassinato foram absolvidos. O crime ocorreu em março de 2017, no Setor Goiânia Viva, na capital, motivado por vingança.

Segundo consta nos autos, a vítima Laryssa Nunes Pereira foi casada com o condenado Ronny Everthy Ferreira Borges, vulgo “Boca de Lata”, por quatro anos. De acordo com o processo, o homem nunca aceitou o fim do relacionamento, e, mesmo preso, vigiava a vítima, além de coordenar ações criminosas dentro da prisão.

Após Ronny ser preso, Laryssa passou a se relacionar com um desafeto do traficante, motivo que o levou a mandar matar a ex.

Traficante mandou matar a ex por vingança e por não aceitar o fim do casamento – detalhes do crime

Para matar a vítima, Rosimeire Maria Pires, amiga do condenado e integrante de uma facção criminosa comandada por ele, foi incumbida de atrair Laryssa para o local indicado em troca de obter o perdão de uma dívida.

Assim, a mulher levou a vítima para sua casa. Na residência, Wender Sousa Arruda e Iranilton Pereira da Silva efetuaram diversos disparos de arma de fogo enquanto conversavam no telefone com o mandante do crime. Após a execução, eles fugiram.

Condenação e absolvições

Os acusados sempre negaram o crime. O Conselho de Sentença, formado por sete jurados, reconheceu a materialidade delitiva. Contudo, atribuiu ao acusado Ronny Everthy a participação no fato, na medida em que ele teria ordenado a execução da ex. O homem foi condenado a 14 anos de prisão em regime inicialmente fechado. Ele deve cumprir pena na Penitenciária Odenir Guimarães, no Complexo Prisional de Aparecida.

De acordo com o juiz Jesseir Coelho, a conduta do réu foi considerada pelo corpo de jurados, uma vez que não constavam nos autos motivos que o abonasse da pena. Ressaltou, ainda, que as consequências do crime são a ele inerentes. “Deverá ser procedida à detração penal respectiva na pena, tendo em vista que o réu Ronny Everthy esteve preso provisoriamente em razão do fato em análise”, finalizou o juiz.