Confusão entre motorista de aplicativo e taxistas termina em pancadaria, na Rodoviária de Goiânia
Motorista de aplicativos, que teria deixado passageiro na rodoviária e aguardava no estacionamento diz que se irritou com fotos tiradas por taxistas, e quebrou celular acidentalmente, antes outros taxistas correrem atrás dele e o agredirem
Paulo Ricardo Gomide, de 28 anos, está no centro de uma confusão gerada na noite de ontem, no estacionamento da Rodoviária de Goiânia. Ele é motorista de aplicativos, e levava um passageiro ao local. Após, estacionou o carro para aguardar um chamado pelo celular, e teria sido nesse momento que um taxista tirou fotos do carro de Paulo. Ele se revoltou, questionou o motivo das imagens serem feitas, e derrubou o aparelho do outro profissional. Colegas do taxista teriam agredido o motorista de aplicativo. Uma investigação será realizada para identificar autores.
“Não tinham nem 15 minutos que eu havia entrado no estacionamento e deixado o cliente já na rodoviária. Ficaria lá somente até a próxima chamada pelo aplicativo, porque não faço corrida clandestina até mesmo para preservar a minha segurança. Me revoltei quando vi um homem tirando fotos do meu carro. Fui questionar, e bati com a mão no celular dele, que caiu no chão e quebrou. Eu sabia que corria o risco de cair no chão, mas não tinha a intenção de derrubar e quebrar. Foi nessa hora que um monte de taxistas se juntaram e corri para não ser agredido, mas um deles chegou a me alcançar,” disse o homem ao Mais Goiás.
Em casa e sem ter como trabalhar, porque se diz com muitas dores, Paulo está com o supercílio cortado. Ele revelou que teve sangramento nasal, e está com um olho roxo. As costas, segundo informou, estão com hematomas. Ele conta que já está com um advogado cuidando do caso, porque não conseguiu identificar o taxista que teria dado socos e chutes, mas solicitou que o advogado pedisse as imagens de monitoramento do shopping para fornecer às autoridades policiais.
Na ocorrência policial, há uma versão relatada aos policiais militares que Paulo rebate. Os policiais relataram que Paulo teria pego o celular da mão do taxista e, em seguida, corrido e jogado o aparelho no chão, para quebrar. “Não foi isso. Eu bati no aparelho e o calular caiu, foi assim que quebrou.”
Paulo teria sido algemado por seguranças do shopping, depois de alguns taxistas gritarem “pega ladrão”, o que provocou a ação imediata dos vigilantes até que a Polícia Militar chegasse. Paulo, que é motorista de aplicativos há 8 meses, desde quando ficou desempregado do trabalho de mecânico em manutenção industrial. Ele revela que foi encaminhado à Central de Flagrantes, na Cidade Jardim, por policiais militares, e lá fez um acordo com o outro taxista, para pagar o reparo do celular quebrado.
Através de uma nota, a Assessoria de Comunicação Social da Rodoviária de Goiânia informou que repudia todo e qualquer tipo de agressão. O Terminal não compactua com atos que não fazem, de forma alguma, parte das orientações ou dos posicionamentos defendidos pelo estabelecimento, que prisma pelos princípios da ética, respeito e segurança. A nota finaliza informando que a administração dará todo apoio para qualquer tipo de esclarecimentos.
A Polícia Civil informou que o caso será encaminhado para a delegacia da região (1º Distrito Policial). O delegado Isaías Pinheiro, titular do DP, informou que ainda não recebeu os autos, e só após tomar conhecimento da situação poderá informar algo. O Mais Goiás não conseguiu contato com o taxista que teve o celular quebrado.