Conheça os pesquisadores da UFG que figuram entre os mais influentes do mundo
Ranking é divulgado anualmente desde 2017
Neste ano, 10 nomes de professores e pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) estão entre os mais influentes do mundo, de acordo com a ranking de 2024 elaborado pela Universidade de Stanford nos Estados Unidos, em parceria com repositório de dados da Elsevier. A lista internacional é feita com dados de 2023.
O ranking é publicado anualmente desde 2017, são duas listas com nomes de cientistas mais influentes. Uma é baseada na carreira profissional e a outra, feita com base em citações em publicações. As composições enumeram os 100 mil melhores cientistas do mundo.
Entre os nomes da UFG que aparece na lista está o do professor Wendell Coltro. “Foi com grande alegria que recebi a informação da inclusão do meu nome nesta lista dos pesquisadores mais influentes, ao lado de pesquisadores renomados internacionalmente, os quais foram e são fontes de inspiração para o desenvolvimento científico e tecnológico na fronteira do conhecimento”, destaca.
Segundo ele, não é a primeira vez que o nome aparece na lista. Incluído em 2020, Wendell Coltro tem conseguido manter o nome em destaque. Ter o próprio nome e de colegas da UFG na lista tem um grande significado para o professor.
“É um motivo de orgulho e motivação, o que demonstra a importância da nossa contribuição científica e tecnológica na Região Centro-Oeste do Brasil, com impacto nacional e internacional, colocando o Instituto de Química e a Universidade Federal de Goiás em posições de destaque”, explica o professor.
O professor acredita que a lista pode servir de inspiração para pesquisadores jovens e que a lista de pesquisadores da UFG aumentará progressivamente nos próximos anos.
Conheça os pesquisadores da UFG que estão entre os mais influentes do mundo:
Jose Alexandre Felizola Diniz Filho
Desde 1994, Jose Alexandre é professor na Universidade Federal de Goiás. Doutor em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), hoje o professor é bolsista de produtividade em pesquisa pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Em 2005 o professor tornou-se membro da Linnean Society, London (FLS). Em 2014, ele passou a ser membro da Academia Brasileira de Ciências e em 2018 recebeu a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Cientifico da Presidência da República. Tem experiência nas áreas de Macroecologia, Genética e Ecologia Geográfica e Métodos Filogenéticos Comparativos.
Atualmente, entre as pesquisas que estão sendo realizadas por Jose Alexandre está uma voltada para a temática de Ecologia, Evolução e Conservação da Biodiversidade que é financiada pelo CNPq.
Edgardo Manuel Latrubesse
Professor do curso de pós-graduação em Ciências Ambientais da Universidade Federal de Goiás, Edgardo Manuel Latrubesse tem doutorado em Ciências Geológicas pela Universidade Nacional de San Luis, Argentina. Além de ser especialista em Geomorfologia fluvial, hidrologia, Geomorfologia e Quaternário dos Trópicos globais, manejo e impactos em grandes rios.
Latrubesse tem como linha de pesquisa programa de pesquisa sobre grandes rios e mudanças globais. Atualmente, está com dois projetos de pesquisa em andamento, um com o tema “Morfodinâmica e Balanço de Sedimentacão do Meio Rio Araguaia: Implicações Hidroambientais” e o outro sobre a rota amazônica sobre a ocupação humana da Amazônia no último Máximo Glacial.
Carlos Estrela
Carlos Estrela graduou-se em Odontologia em 1983, fez especialização em Endodontia e é doutor pela Universidade de São Paulo. Em 1993, ingressou na Faculdade de Odontologia da UFG, onde é professor titular de Endodontia desde 1995. É autor de 15 livros de Odontologia. Em 2024, conquistou a posição de professor visitante no Albert Einstein Medical Center na Filadélfia, nos Estados Unidos.
O professor faz parte do Programa de Pós-graduação em Odontologia e também de Ciências da Saúde na Universidade Federal de Goiás. Entre as pesquisas que estão sendo desenvolvidas por Estrela está uma sobre propriedades físico-químicas e antimicrobianas de uma nova medicação intracanal à base de silicato de cálcio.
Luis Mauricio Bini
Luis Mauricio Bini é professor no Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (UFG). Graduado em Ecologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), com mestrado pela Universidade de São Paulo (USP) e doutorado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais pela Universidade Estadual de Maringá.
Desde 2004, é editor associado do periódico Hydrobiologia (The Hague). Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia Teórica, atuando principalmente nos seguintes temas: reservatórios, ecologia de comunidades, limnologia, macrófitas aquáticas e planície de inundação.
Atualmente, Luis Mauricio Bini desenvolve projeto de pesquisa sobre taxonômico global, funcional e diversidade filogenética de comunidades de macroinvertebrados de riachos. Foco do estudo é desvendar tendências espaciais, determinantes ecológicos e ameaças antrópicas.
Weimar Sebba Barroso
O médico e professor da Universidade federal de Goiás, Weimar Sebba Barroso é formado em medicina pela UFG, possui mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UNB), doutorado também em Ciências da Saúde e Pós-Doutorado na Linha de Pesquisa em Envelhecimento Vascular pela UFG em parceria com a Universidade de Barcelona.
Weimar também é professor de cardiologia da Faculdade de Medicina e coordenador de Ensino e Pesquisa da Liga de Hipertensão Arterial do Hospital das Clínicas da UFG. O professor e pesquisador também é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Barroso tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Cardiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: hipertensão arterial, cardiometabolismo e envelhecimento vascular.
Em 2023, o professor coordenou uma pesquisa com voluntários sobre relação entre Pressão Arterial Periférica e Pressão Intracraniana da Liga de Hipertensão Arterial do Hospital das Clínicas da UFG, vinculado à Rede Ebserh.
Wendell Karlos Tomazelli Coltro
O professor Wendell Coltro é formado em Química pela Universidade Estadual de Maringá e Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), atualmente é diretor do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás. Nos últimos anos, Coltro vem atuando na fabricação de ferramentas analíticas e microfluídicas através do processo de impressão 3D incluindo células eletroanalíticas, sensores eletroquímicos, sensores vestíveis, dentre outros.
Com aproximadamente 150 artigos científicos publicados em periódicos nacionais e internacionais, 1 livro e 20 capítulos de livro publicados em editoras internacionais. O professor atua como editor associado do Periódico Analytical Methods (Royal Society of Chemistry) desde 2022. É bolsista de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e extensão Inovadora e co-inventor de 5 patentes concedidas, e de 8 pedidos de patente depositadas no Brasil e no exterior.
Atualmente, coordena o Grupo de Microfluídica e Eletroforese e é sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Química desde 2003. Entre os estudos atuais de Wendell Coltro está uma pesquisa sobre o Desenvolvimento de plataformas portáteis e sensores vestíveis para aplicações analíticas e bioanalíticas.
Carolina Horta Andrade
A professora associada da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás, Carolina Horta Andrade possui graduação em Farmácia pela UFG e doutorado em Fármacos e Medicamentos pela Universidade de São Paulo. Ela é pesquisadora principal do Center for the Research and Advancement of Fragments and molecular Targets (CRAFT).
Entre as principais contribuições da pesquisadora destaca-se as desenvolvidas na área de Química Medicinal, Computacional e Toxicologia Computacional, com ênfase para o desenvolvimento de candidatos a fármacos para doenças tropicais negligenciadas e viroses emergentes, assim como o desenvolvimento de ferramentas e plataformas in silico preditivas para avaliar propriedades toxicológicas de compostos químicos, como métodos alternativos ao uso de animais.
Com vários prêmios no currículo, Carolina Horta Andrade foi eleita membro da Academia Global de Jovens Pesquisadores (GYA, Global Young Academy) (2021-2025). A professora e pesquisadora conforme expões no Currículo Lattes, também é mãe de dois filhos e atuante da causa de Mulheres na Ciência.
Bruno Junior Neves
Professor na Faculdade de Farmácia da UFG e orientador de mestrado e doutorado nos Programas de Pós-Graduação em Medicina Tropical da universidade, Bruno Junior Neves já trabalhou na trabalhou na Fundação Oswaldo Cruz. Ele coordena projetos de pesquisa em cooperação com instituições publicas e privadas visando a descoberta de novos protótipos de fármacos antiparasitários, larvicidas (Aedes aegypti) e o desenvolvimento de ferramentas computacionais para predição de propriedades ecotoxicológicas (toxicidade aguda para abelhas), neurotoxicidade e toxicidade reprodutiva.
Suas principais contribuições estão na área de Química Medicinal, Quimioinformática e Toxicologia Computacional com ênfase para o desenvolvimento de candidatos a fármacos para doenças tropicais negligenciadas, assim como o desenvolvimento de ferramentas e plataformas in silico para avaliação de propriedades toxicológicas de produtos químicos.
Em 2023, um trabalho coordenado por Bruno Junior Neves descobriu quatro novos compostos com viabilidade no tratamento da Doença de Chagas. O diferencial inovador deste trabalho está na implementação de uma avançada Inteligência Artificial capaz de identificar compostos com potencial terapêutico. O projeto visa desenvolver novos medicamentos para doenças negligenciadas, especialmente aquelas que impactam regiões com investimento limitado em pesquisas farmacêuticas.
Jadson Diogo Pereira Bezerra
Professor e pesquisador do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da UFG (IPTSP), Jadson Bezerra é doutor em Biologia de Fungos pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e graduado em Ciências Biológicas com ênfase em Ciências Ambientais na mesma instituição. O professor tem experiência nas áreas de Micologia, Biotecnologia e Microbiologia, com ênfase em Taxonomia e Ecologia de Fungos e Biotecnologia utilizando fungos.
Jadson Atua como revisor e editor de revistas científicas nacionais e internacionais. Atualmente é professor Adjunto no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da UFG. É membro da Sociedade Brasileira de Micologia (SBMic) e da Sociedade Botânica do Brasil (SBB).
Hoje, o professor também é colaborador em projeto de pesquisa na Universidad de Colima (UCOL) no México. O pesquisador tem como linha de pesquisa o estudo de comunidade microbiana (Micologia) e entre alguns dos projetos de pesquisa que está desenvolvendo há o estudo sobre futuro dos fungos de biomas da região Centro-Oeste.
Alejandro Luquetti Ostermayer
O médico e professor aposentado da UFG, Alejandro Luquetti Ostermayer, também apareceu no ranking do ano passado. Formado em medicina pela Universidad de La Republica Oriental del Uruguay, Luquetti morou na Inglaterra por três anos, onde trabalhou com imunodeficiências. Chegando em Goiânia em 1975, decidiu especializar-se e trabalhar com a Doença de Chagas que, à época, representava uma grande preocupação para a saúde pública brasileira.
Atualmente, além de membro da Academia Goiana de Medicina, Alejandro Luquetti é professor emérito da UFG. Apesar de aposentado, continua atuando no arquivo de dados do Laboratório de Pesquisa da Doença de Chagas Hospital das Clínicas (HC-UFG/Ebserh) e também como editor emérito da Revista de Patologia Tropical do IPTSP.
O professor atua nas áreas de Imunologia (com ênfase em Imunologia Aplicada, e imunidade celular) e Parasitologia (protozoologia). Membro da Academia Goiana de Medicina, Luquetti foi presidente da Sociedade Brasileira de Parasitologia e da Federação Latino-Americana de Parasitologia.