REDE ESTADUAL

Conselho de Educação autoriza aulas não presenciais até dezembro

Resolução estabelece diretrizes para aplicação de provas e possibilidade de extensão do Regime Especial

Alunos do 1º ano do Ensino Médio terão, a partir desta terça-feira (20), acesso a uma plataforma online que visa estimular a leitura de obras clássicas, em Goiás. (Foto: Divulgação / MCTi)

Nova resolução do Conselho Estadual de Educação, publicada na segunda-feira (10), estabelece diretrizes para avaliações dos estudantes no contexto das aulas não presenciais até dezembro de 2020. Com isso, o CEE, na prática, regulamenta a possibilidade de extensão do Regime Especial de Aulas Não Presenciais (Reanp), que fundamenta a educação à distância, até o fim do ano.

As provas, conforme estabelece a resolução, podem ser aplicadas de forma híbrida. Ou seja, em salas virtuais, redes sociais e até através de drive-thru, por meio dos quais materiais e avaliações seriam entregues. Também possibilita o uso de transporte escolar como alternativa para entrega desses materiais aos alunos, bem como permite que sejam feitas apresentações virtuais. A resolução ainda elenca questionários de autoavaliação, por fóruns de discussão entre alunos e professores, e avaliação oral online.

As provas têm caráter de diagnóstico — para analisar o desenvolvimento do aluno durante o Reanp —, formativo e contínuo — para ajustar o planejamento das atividades — e qualitativo e formativo — para avaliar habilidades e competência com registros de notas ou conceitos.

Pandemia

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintego) de Goiás, Bia de Lima, afirma que a resolução, ao formalizar o processo de avaliação, direciona as atividades para que sejam de forma remota até o fim do ano. Abrindo também a possibilidade para as formas híbridas.

Ela avalia que não há condição para o retorno das aulas presenciais neste semestre. Bia de Lima aponta o exemplo de outros estados e países que tiveram que rever a forma como os estudantes estão retornando às aulas, uma vez que o retorno presencial pode colocar em risco as famílias envolvidas e os profissionais de educação.

“Há um risco muito grande de colocar crianças fechadas em salas de aula em um contexto que a pandemia não foi controlada. Para continuar as aulas não presenciais, é preciso ter as avaliações. Não tivemos em dois bimestres. Com a resolução podemos caminhar neste sentido. Não temos outro caminho nesse período de pandemia”, aponta.