Conselho estadual discute retorno da aulas presenciais em Goiás nesta quarta
Decisão depende de um impasse: quantidade alunos em sala e a chagada da vacina
O Centro de Operações Emergenciais (COE) se reúne, na tarde desta quarta-feira (6), para saber se haverá ou não o retorno das aulas presenciais em Goiás.
Existe uma resolução nacional que libera aulas presenciais com 30% dos alunos nas salas. O secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, defende aulas presenciais com 50% dos estudantes em sala. Parte significativa do Conselho Estadual de Educação, por sua vez, é a favor da continuidade do sistema 100% remoto.
Vale lembrar que o COE decidiu, em outubro do ano passado, que havia condições de retorno das aulas presenciais. Na época, o conselho levou em consideração a queda sustentada de 15% no registro de óbitos, mantendo essa tendência de redução por, no mínimo, quatro semanas consecutivas e a manter a taxa de ocupação hospitalar em UTI inferior ou igual a 75%, pelo mesmo período citado anteriormente.
Porém, o Estado passa por uma crescente no número de casos. Goiás registrou 1.455 casos na última terça-feira (5). A casa do milhar de casos confirmados vem sendo recorrente. Até o momento, 311.567 casos foram registrados em solo goiano e 6.885 pessoas perderam a vida para a covid-19.
“Fechamento do comércio não está em discussão”
Mais cedo, em entrevista ao Mais Goiás, Ismael Alexandrino afirmou que que não há discussão sobre possíveis fechamento de comércio no Estado. O que vem preocupando, segundo ele, é a quantidade de festas clandestinas que vêm sendo realizadas me Goiás.
“O fechamento do comércio não está na pauta de discussão da Secretaria de Saúde. A taxa de ocupação dos leitos está em 52%. Nem quando estava em 83% a gente colocou o assunto à mesa. O que a gente reitera é o pedido para que as pessoas usem máscara e siga os protocolos”, diz.
O que é COE?
O COE foi criado por meio da Portaria 416/2020, em 18 de fevereiro de 2020, e desde o início da pandemia, reúne, semanalmente, equipe multiprofissional, com finalidade de discutir, definir e monitorar ações da Rede de Atenção à Saúde (assistência, vigilância e regulação) relacionadas ao coronavírus.
Instituições dos governos municipal, estadual e federal, conselhos de saúde, representantes de classe, entre outros fazem parte do COE-GO. O grupo discute deliberações que posteriormente repassadas ao governo estadual e administrações municipais, a fim de que esses possam ter subsídios científicos para a tomada de decisões.