Polícia Civil

Contra a Reforma da Previdência estadual, delegados de Goiás entregam cargos

A decisão foi tomada no início da tarde desta quarta-feira (18) durante reunião na sede do Conselho Superior da Polícia Civil de Goiás (PCGO)

Contra a Reforma da Previdência estadual, delegados de Goiás vão entregar cargos

Delegados Titulares de Especializadas e Regionais de Goiás vão entregar os cargos como forma de protesto contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Reforma da Previdência estadual. A decisão foi tomada no início da tarde desta quarta-feira (18) durante reunião na sede do Conselho Superior da Polícia Civil de Goiás (PCGO).

“Com essa reforma, os policiais civis não foram tratados da mesma forma que os militares”, conta um delegado que prefere não ser identificado. Ele relata que os titulares se reuniram na sede do Conselho, e, de lá, seguiram para Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). “Na Assembleia, entregamos o documento sobre a cessão de cargos assinado ao delegado geral da PC, Odair José Soares“, afirma a fonte.

A pauta da previdência deve ser votada ainda esta semana na Alego. Na tarde desta quarta-feira (18), policiais civis e demais servidores públicos estão no local e se manifestam contra a proposta. Professores da rede estadual estão acampados na Casa desde o início da semana. Conforme já noticiado pelo Mais Goiás, o grupo grita “Caiado traidor”, em referência à atitude governador.

Veja o vídeo da manifestação na Alego:

Após cinco minutos de início da sessão na Alego na tarde desta quarta-feira (18), por volta das 16h10, foi encerrada a pedido do líder do governo, Bruno Peixoto (MDB). “A PEC acaba de ser publicada e, em relação ao regimento, solicito a possibilidade de encerrar e convocar outra sessão imediatamente”, disse o parlamentar. O pedido foi aceito pelo líder da Alego, Lissauer Vieira (PSB).

O deputado estadual Humberto Teófilo (PSL), já afirmou que pode romper com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), por se posicionar contra a Reforma da Previdência e o Estatuto do Servidor. Ele, que é delegado da PC, explica que os colegas policiais querem isonomia.

“Não podemos aceitar, em uma operação que participa um PM e PC, ambos tomarem um tiro na cabeça, e a pensão por morte ser 100% para o cônjuge do policial militar e não ser para o companheiro do PC. [Então] Sugerimos que seja alterado um pequeno detalhe na PEC da Previdência.”

Pela legislação atual, os policiais civis homens devem contribuir por 30 anos e as mulheres por 25 anos. Não há exigência de idade mínima. A corporação ainda tem direito à paridade (reajuste no salário de aposentados com base em servidores ativos) e integralidade (pensão igual à totalidade da remuneração do servidor). Com a reforma, porém, a contribuição fica estabelecida em 30 anos para ambos. E seria instituída idade mínima de 55 anos. Paridade e integralidade foram retiradas da proposta.

Em nota enviada ao Mais Goiás, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) afirma que que desconhece qualquer decisão tomada pelos delegados da Polícia Civil.

Veja a nota na íntegra:

[olho author=””]A Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás informa que desconhece qualquer decisão tomada pelos delegados da Polícia Civil.[/olho]

*Matéria atualizada às 17h40