Metrobus terá de indenizar homem que caiu debaixo de ônibus em movimento

Em decisão publicada nesta segunda-feira (14) pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), a empresa Metrobus Transporte Coletivo S/A foi condenada a indenizar o pedreiro Mauro Ribeiro de Oliveira, por uma acidente acontecido há 16 anos. O homem caiu debaixo de um ônibus em movimento após o motorista esquecer a porta traseira aberta. Ele teve o fêmur quebrado, contusão no joelho e fratura da região pélvica.

A empresa indenizará Mauro em R$ 25 mil, a título de danos morais. Por conta do acidente, o pedreiro ficou impossibilitado de trabalhar e vai receber também, conforme a sentença do juiz  Thulio Marco Miranda, uma pensão mensal de meio salário mínimo, enquanto continuar a incapacidade ou até quando completar 75 anos.

O acidente

Mauro Ribeiro de Oliveira descreveu que em 3 de agosto de 2002, estava no Terminal Novo Mundo aguardando a condução. Quando o ônibus se aproximou do local de embarque, o motorista esqueceu a porta traseira aberta, momento em que se iniciou grande tumulto.

O pedreiro foi empurrado e caiu embaixo do ônibus em movimento, sendo atingido por pela roda traseira. Após ter o fêmur quebrado, contusão no joelho e fratura da região pélvica, Mauro ficou impossibilitado de atuar na profissão.

Segundo o juiz Thulio Marco, é evidente a responsabilidade da empresa de ônibus. “O motorista de ônibus confessou ter esquecido a porta do veículo aberta, iniciando alvoroço para que passageiros, com medo de perderem a condução, entrassem no ônibus ainda em movimento”, explica.

Posicionamento

Em nota, a assessoria da Metrobus declarou que irá tomar as devidas medidas legais com relação a decisão.

“A empresa ressalta que o fato aconteceu em agosto de 2002. Atualmente, todos os veículos da frota possuem sensores de porta, não permitindo que os veículos deem partida e operem com portas abertas. A Metrobus conta com organizadores de fila nos horários de pico, em todos os Terminais do Eixo Anhanguera, proporcionando mais segurança ao passageiro”.