Conversas precipitadas podem gerar consequências irreversíveis, explica especialista

A hora de abordar um assunto delicado com familiares, amigos e até mesmo parceiros de trabalho exige muita cautela. A empatia e o cuidado no falar são fundamentais em momentos de doenças graves, divórcios, rompimentos de sociedades, comunicar um óbito e até conflitos com adolescentes.

Conversas difíceis como essas, geralmente costumam ser evitadas, adiadas ou simplesmente encaradas apenas em cima da hora. De acordo com a psicóloga e especialista em saúde mental, Nádia Santana, existem também as conversas precipitadas e mal colocadas. Segundo a especialista, falar sem pensar e de qualquer jeito, pode gerar consequências irreversíveis.

“Falar sem pensar, na hora errada e de qualquer jeito pode gerar consequências irreversíveis, como traumas, mágoas e ruptura em relacionamentos”, alerta Nádia Santana.

De acordo com a psicóloga é importante perceber a hora de falar, se o receptor está preparado para escutar e que tom de conversa utilizar. Ela explica que esses são desafios para diminuir a tensão. Mas, nas ocasiões em que se pode falar e escutar de forma serena, sem atropelos, segundo a especialista, a comunicação torna-se mais assertiva.

Omissão

Nádia Santana explica ainda que outro fator determinante nas relações é não omitir o que precisa ser compartilhado.

“Abandonar o parceiro sem explicações, ‘desistir’ dos filhos porque é cansativo falar com gente jovem, esconder da família a decisão de ir morar sozinho ou omitir um problema grave pode ser nocivo para os envolvidos”, explica.

A psicóloga explica que é necessário falar do que estamos sentindo, evitando críticas e julgamentos. “Devemos falar a partir de nós, do que estamos sentindo, evitando críticas e julgamentos, dando o tempo que o outro precisa para absorver a conversa e também falar”, finaliza a especialista.