Absurdo

Coordenadora de escola é agredida por tio de aluno em Goiânia; veja vídeo

Segundo a PM, a servidora foi agredida após discussão com o responsável; suspeito foi detido e levado à Central de Flagrantes. Escola é situada no Setor Balneário Meia Ponte

Uma coordenadora foi agredida pelo tio de um aluno no início da tarde desta segunda-feira (20), após uma discussão. Caso ocorreu na Escola Municipal Hebert José de Souza, no Jardim Balneário Meia Ponte, em Goiânia. Segundo informações da Polícia Militar (PM), o responsável iniciou o atrito depois que a servidora alegou que cabe aos responsáveis o controle dos alunos. O tio se irritou e empurrou a mulher.

Em resposta, a trabalhadora afirmou que chamaria a polícia e o homem fugiu correndo. Pouco tempo depois, porém, uma equipe da Guarda Civil Metropolitana (GCM) localizou o suspeito e o conduziu à Central de Flagrantes da Polícia Civil (PC), onde foi aberto um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). A situação foi registrada por uma câmera de segurança do colégio, assista:

Registros da PM detalham que a confusão teve início durante a saída dos estudantes. O sobrinho, segundo a PM, tem o hábito de sair correndo da escola assim que os portões da instituição são abertos para que pais busquem seus filhos. O tio decidiu reclamar do fato de servidores não atuarem na contenção do garoto nas dependências da escola até que alguém da família apareça para buscá-lo. A coordenadora respondeu que a coordenação não se responsabiliza por esse tipo de orientação, atribuindo o dever ao responsável.

Acompanhamento

Por meio de nota enviada ao Mais Goiás, a Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) esclarece que a direção da escola tomou as providências e acompanhou a coordenadora na delegacia. A pasta reforça ainda que repudia qualquer tipo de agressão e prestará toda a assistência à servidora (Veja a nota na íntegra no final da matéria).

Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, os profissionais da educação estão assustados e querem mais proteção. “Precisamos criar uma rede de proteção aos profissionais da educação. Criamos a campanha A Educação pede PAZ e a lançamos no Colégio Estadual Céu Azul, onde o professor Júlio foi assinado. Estamos discutindo diversas ações com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e também buscando a SME para criar a rede de proteção”, declara.

O Sintego entrou em contato com a escola onde o fato ocorreu e os servidores querem segurança para conseguir trabalhar. “Estamos cobrando ações claras e objetivas da gestão. Não dá pra ficar só com Boletim de Ocorrência (BO) e pronto… Isso é estatística apenas”, argumenta Bia.

O Mais Goiás entrou em contato com a respectiva escola, que decidiu não se pronunciar sobre o assunto. Os envolvidos não tiveram os nomes divulgados.

Leia a nota da SME na íntegra

‘A Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) esclarece que a direção da referida unidade imediatamente tomou providências mediante o acionamento de autoridades policiais e que acompanhou a coordenadora na delegacia. A SME repudia qualquer tipo de agressão, seja ela de qualquer natureza, destaca que acompanha o caso e que prestará toda a assistência a servidora. Desde 2017, a SME tem uma equipe de Mediação de Conflitos Educacionais atuando nas unidades para evitar que agressões ou situações de tensão envolvendo educadores e  comunidade tomem corpo.

Secretaria Municipal de Educação e Esporte”

*Thaynara da Cunha é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo