Corpo de bebê que teria sido incinerado é encontrado em empresa de resíduos biológicos
O corpo do recém-nascido que morreu e estava desaparecido desde a última sexta-feira (25) foi…
O corpo do recém-nascido que morreu e estava desaparecido desde a última sexta-feira (25) foi encontrado dentro das dependências da empresa Resíduo Zero Ambiental, responsável pelo recolhimento dos resíduos biológicos da Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia. O corpo do bebê que teria sido incinerado por engano será entregue à família para sepultamento. Pai da criança diz que ainda não foi comunicado sobre a localização do filho.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que aguarda as conclusões das investigações policiais e que irá aplicar todas as sanções cabíveis aos responsáveis. A pasta disse implementou sindicância administrativa e estabeleceu um Grupo de Intervenção Hospitalar para fiscalização da Maternidade quanto ao cumprimento de todos os protocolos estabelecidos pela Secretaria.
Ainda conforme o texto, o corpo do recém-nascido estava devidamente identificado, acondicionado em refrigeração, quando foi recolhido de forma equivocada pela empresa, que informou erroneamente à Administração da Secretaria que já havia incinerado o material.
Ao Mais Goiás, Rogério Cardoso de Almeida, pai da criança, afirmou que a família ainda não foi comunicada sobre a localização do filho. “Ainda não fomos informados. Se tiver sido achado mesmo espero poder enterrar meu filho agora, mas a dor que estamos sentindo nesses últimos dias é impagável. O sentimento que fica é de revolta pelo descaso, humilhação e por tudo que aconteceu”, disse.
Este portal de notícias aguarda pronunciamento da Resíduo Zero acerca da localização do corpo da criança nas dependências da empresa. O espaço está aberto para manifestações.
Relembre
Rogério Cardoso de Almeida Filho nasceu prematuro, aos sete meses, na tarde da última quinta-feira (24). A criança viveu por cerca de 12h, mas foi a óbito em razão de problemas respiratórios. O pai do bebê, Rogério Cardoso de Almeida, chegou a ver o corpo do filho morto na maternidade, mas quando voltou com os papéis necessários para realizar o sepultamento, a criança havia desaparecido.
Na manhã de sábado, a SMS esclareceu que após apurações administrativas e policiais, chegou-se ao indicativo de que o corpo tenha sido incinerado por engano. A secretaria atribuiu a responsabilidade à empresa que recolhe os resíduos biológicos da maternidade. “A empresa cometeu um equívoco e levou o corpo do recém-nascido para incineração, o que é procedimento de praxe no caso de resíduos biológicos”.
A empresa Resíduo Zero Ambiental, no entanto, emitiu nota e afirmou que não viola o resíduo hospitalar recolhido dos clientes, que é armazenado em depósito específico de responsabilidade de cada hospital. “A separação e acondicionamento do resíduo hospitalar são feitos pela unidade de saúde”.