Corpo de Lázaro continua no IML de Goiânia
Todo o procedimento de autópsia foi finalizado na segunda-feira (28), mas os familiares de Lázaro ainda não foram retirar o corpo do local
O corpo de Lázaro Barbosa, 32 anos, apontado como autor da chacina de uma família em Ceilândia (DF) e diversos outros crimes em Goiás, ainda continua no Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, na manhã desta terça-feira (29). O órgão informou ao Mais Goiás que todo o procedimento de autópsia foi finalizado na segunda-feira (28), mas que a família do homem ainda não apareceu para buscar o corpo.
Para o Mais Brasília, o Instituto confirmou que aguarda um contato e que, caso não seja feito, o corpo seguirá no local sem um prazo máximo para ser retirado.
“Não temos um prazo, principalmente no caso dele que sabemos que existe família. O enterro social só acontece em casos de indigente, o que não é o caso dele”, afirmou uma funcionária do local que não quis se identificar.
Lázaro foi morto durante confronto com a Polícia, em uma região de mata em Águas Lindas de Goiás, na manhã de segunda-feira (28), após fugir das forças de segurança por cerca de 20 dias.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), o homem descarregou uma pistola contra os policiais. No revide, ele foi atingido com tiros no peito, barriga e cabeça. Ele chegou a ser encaminhado para o hospital, mas não resistiu.
O homem é apontado com autor da chacina que vitimou uma família no DF, além de uma série de outros crimes em Goiás, como latrocínios, estupro e homicídios.
A força-tarefa buscava Lázaro há 20 dias, com cerco feito em região de Cocalzinho. Na quinta-feira (24), um fazendeiro e um caseiro chegaram a ser presos por suspeita de abrigarem em uma propriedade rural. Em depoimento, o caseiro disse à polícia que a ajuda envolvia abrigo, comida e informações. Ele foi solto pela Justiça. O fazendeiro continua preso.
Caçada
A captura e morte de Lázaro ocorreu após sequência de crimes, que se iniciam com a morte do empresário Cláudio Vidal, 48; dois filhos dele, Gustavo Marques, 21; e Carlos Eduardo Vidal, 15; e sequestro da esposa dele, Cleonice Marques, 43, no dia 9 de junho. A mulher foi encontrada morta em um córrego da região de Sol Nascente (DF), dois dias depois.
Depois disso, Lázaro inicia a fuga. Ele chega à região de Cocalzinho de Goiás, onde baleia três pessoas. A presença do criminoso assusta moradores, que relatam invasões em suas propriedades e furtos. Com medo, comerciantes do município chegam a fechar seus estabalecimentos.
No dia 13 e 14 de junho, a força-tarefa é incrementada com três helicópteros e mais de 210 agentes da PM-GO, PM-DF e Polícia Federal (PF).
Apenas dois dias depois, três pessoas – uma mulher e duas crianças – foram mantidas reféns de Lázaro Barbosa em uma propriedade rural que fica a 5 km de distância do povoado de Edilândia. Os reféns foram libertados após troca de tiros com a polícia e o suspeito fugiu por um Rio próximo da fazenda. Um policial ficou ferido.
No dia 24, o fazendeiro Elmir Caetano Evangelista, de 75 anos, e o caseiro Alain Reis de Santos, são presos pela polícia suspeitos de ajudar Lázaro Barbosa a se esconder em matas na região de Cocalzinho.
Durante os últimos 20 dias, 270 policiais vinham procurando por Lázaro. Participaram das buscas equipes das polícias Civil e Militar de Goiás e do Distrito Federal, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DF) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBMGO).