Corpo de motorista de aplicativo morta após corrida é velado em Goiânia
Vanusa foi velada na tarde desta segunda-feira (21) em igreja na região Noroeste. Mulher foi morta após corrida particular este final de semana
Na tarde desta segunda-feira (21), foi velado o corpo de Vanusa da Cunha Ferreira, 36 anos, motorista de aplicativo encontrada morta no final da tarde do último domingo (20) no Jardim Copacabana, em Aparecida de Goiânia. O velório aconteceu na Paróquia São Pedro e São Paulo, na Vila Finsocial, região Noroeste da capital.
Por volta de 13h40 o corpo foi liberado pelo Instituo Médico Legal (IML) de Aparecida de Goiânia e encaminhado para a igreja. No local, muitas pessoas aguardavam a chegada do corpo de Vanusa. A namorada da vítima, Juliana Pereira, 40 anos, não falou com a imprensa por estar abalada e permaneceu dentro da igreja durante todo o tempo.
“Minha irmã foi morta por causa de dinheiro”
De acordo com Dárcio da Cunha Ferreira, 46 anos, o corpo da irmã será sepultado Itapirapuã, cidade onde mora toda a família, a 196 quilômetros de Goiânia. Ele acredita que o responsável pela morte de Vanusa foi o último passageiro dela, ‘Camargo’, o qual devia para a motorista cerca de R$ 1,3 mil.
“Tenho toda a certeza de que foi ele. As versões que ele conta sobre o fato são diferentes. Em uma, ele conta que ela os tinha deixado às 6h, no Setor Universitário e na outra versão, falou que tinha desembarcado às 5h30, perto da fábrica Mabel” diz Dárcio.
O irmão da motorista diz que um sobrinho “conhece a má fama do homem para qual Vanusa trabalhava naquela noite”, e que este homem, ‘Camargo’, teria dito à motorista que essa seria sua última corrida, e depois ele iria quitar toda a dívida.
“Não tenho minhas dúvidas, ela foi morta por conta dessa dívida. Ela fazia corridas para este homem há mais ou menos quatro meses, e ele já devia em torno de R$ 1,3 mil. Meu sobrinho já tinha avisado para ela que ele não era boa pessoa”, continua o irmão da vítima.
Dárcio conclui dizendo que Vanusa era uma boa pessoa. “Minha irmã era honesta, feliz e todos amavam ela. Agora ela foi morta por causa de dinheiro. Eu só peço justiça”. Vanusa deixa uma filha de dezoito anos.
Falta de segurança
Diversos motoristas de aplicativo compareceram ao velória de Vanusa, e usaram a ocasião para reivindicar em relação a falta de segurança. Os condutores vão seguir o cortejo fúnebre até a cidade de Itapirapuã, onde o corpo será enterrado.
Durante o velório houve discurso de vários condutores, apontando que muitas viagens são feitas por fora, devido a cobrança excessiva dos aplicativos junto à Prefeitura de Goiânia.
*Fabrício Moretti é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo