Corregedoria da PM investiga morte de mecânico em suposto confronto
Apesar de boatos em redes sociais, corporação ainda não recebeu denúncia de que troca de tiros, ocorrida no final de semana em Aparecida de Goiânia, tenha sido forjada
A Corregedoria da Polícia Militar está acompanhando o confronto que no último sábado (27) terminou com a morte, em Aparecida de Goiânia do mecânico Alexandre Augusto, de 35 anos. Segundo a PM, o procedimento é normal, e precisa ser adotado em ocorrências que terminam em morte, mas, ao contrário do que está sendo divulgado em redes sociais, até agora nenhum parente, amigo, ou vizinho da vítima apareceu para denunciar que o confronto tenha sido forjado.
De acordo com a ocorrência registrada pela PM, o mecânico foi baleado dentro da casa dele, no Conjunto Santa Fé, em Aparecida de Goiânia, após atirar contra uma equipe da Companhia de Policiamento Especializado (CPE). Vizinhos da residência contaram ter escutado três tiros. O número coincide com o descrito pelos policiais, que afirmaram ter efetuado dois disparos, depois que o mecânico atirou uma vez contra eles.
No Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia, e depois na Corregedoria da PM, os militares da CPE contaram ter ido ao local para averiguar a denúncia que lá estaria um integrante de uma organizada do Goiás Esporte Clube que na madrugada anterior baleou um adolescente, pertencente à torcida do Vila Nova. Um revólver calibre 3.57, que teria sido apreendido com o mecânico, foi entregue à Polícia Civil pelos PMs.
Corregedora da PM, a coronel Núria Guedes da Paixão informou á reportagem do Mais Goiás que, como ocorre em todo confronto onde há um, ou mais mortos, abriu, ainda no sábado um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o caso. A oficial porém, afirmou que até a tarde desta segunda-feira (1), não foi procurada por nenhuma pessoa que contestasse a versão apresentada pelos militares. “Caso isso aconteça, abriremos outro procedimento para apurar se a conduta dos PMs foi legal, ou não”, relatou.