ESPERA, "MOTÓRA"

Correr para pegar ônibus reduz risco de morte, entenda

Pesquisa realizada por cientistas australianos mostra que intensificar energia em tarefas diárias diminui as chances de ter doenças cardiovasculares

Segundo turno de eleição terá transporte público gratuito em Goiânia e Aparecida (Foto: Jucimar de Sousa)

Apenas um minuto de atividade diária, como correr para pegar o ônibus, brincar com as crianças, pode reduzir drasticamente as chances de ter uma morte prematura, mostra novo estudo australiano. O estudo, liderado por uma equipe do Centro Charles Perkins da Universidade de Sydney, é o primeiro a medir com precisão os benefícios para a saúde da ‘atividade física de estilo de vida intermitente vigorosa’, ou VILPA, na sigla em inglês.

VILPA são os períodos muito curtos de atividade vigorosa – um a dois minutos – que as pessoas costumam fazer de forma corriqueira, como correr para pegar o ônibus, brincar com as crianças, tarefas domésticas ou apenas passar recados durante o trabalho.

Segundo a pesquisa, apenas três a quatro períodos curtos todos os dias estavam associadas a uma redução de até 40% nas mortes por todas as causas e relacionadas ao câncer, e 49% menos chances de morte relacionada a doenças cardiovasculares, como ataque cardíaco ou derrame.

O máximo de 11 sessões por dia foi associado a uma redução de 65% no risco de morte cardiovascular e uma redução de 49% no risco de morte relacionada ao câncer. Os pesquisadores usaram dados de rastreadores usados no pulso para medir a atividade de mais de 25.000 ‘não praticantes’ no Reino Unido por uma semana. Trata-se de pessoas que afirmaram não praticar esportes ou exercícios nos momentos de lazer. Os dados de saúde dos participantes foram rastreados por sete anos.

“Algumas sessões muito curtas, totalizando três a quatro minutos por dia, podem ajudar bastante, e há muitas atividades diárias que podem ser ajustadas para aumentar sua frequência cardíaca por um minuto ou mais”, afirmou Emmanuel Stamatakis , o principal autor do estudo.

Ele ainda afirma que a maioria dos adultos com 40 anos ou mais não pratica exercícios ou esportes regularmente, mas que aumentar a intensidade de atividades diárias “não requer comprometimento de tempo, preparação, filiação a clubes ou habilidades especiais, mas simplesmente de aumentar o ritmo ao caminhar ou fazer as tarefas domésticas com um pouco mais de energia”, completou.