Criança baleada na cabeça em briga de torcidas está em estado gravíssimo
Alvo dos atiradores, que foram presos em flagrante pela Polícia Militar, era um tio da vítima, que também foi ferido, mas não corre risco de morte
Uma briga entre torcedores de Goiás e do Vila Nova, segundo a Polícia Militar, foi o que culminou com disparos que deixaram duas pessoas feridas, uma delas de apenas três anos, em estado gravíssimo, em Goiânia. Pouco tempo após efetuarem os tiros, três suspeitos foram presos, ainda em flagrante, pela PM.
O pequeno J.V.M.M.G., caminhava com o tio, que tem 19 anos, pelo Jardim do Cerrado I, quando, no final da noite de sábado (13), perto de uma distribuidora de bebidas, foram atacados com tiros de pistolas, disparados por três homens que estavam em um veículo modelo Kia Cerato. Baleada na cabeça e na coxa, a criança foi encaminhada em estado gravíssimo para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).
A informação obtida pelo Mais Goiás no início da tarde deste domingo (14) junto ao médico que prestou socorro ao menino é que ele permanece em estado grave, sedado, e respirando com a ajuda de aparelhos. O tio da criança, que foi atingido no braço e no abdômen, segue internado, passará por um procedimento cirúrgico agora à tarde, mas não corre risco de morte.
Dos três presos, só um confessou a autoria dos disparos
Imediatamente após o socorro aos dois baleados, a PM saiu em busca de informações que levassem aos atiradores, que acabaram no Parque Santa Cruz, em Goiânia. Abordados por equipes do 42º BPM e da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam), os três homens confirmaram a autoria do crime, mas apenas um dele disse ter sido o responsável pelos tiros que feriram tio e sobrinho.
O homem que ocupava o banco do carona do Cerato, que tem 24 anos, relatou que apenas acompanhou o irmão e um conhecido depois que um torcedor do Vila Nova invadiu a casa do cunhado dele para roubar uma camisa do Goiás. O motorista do Cerato, que tem 25 anos, e já esteve preso por tráfico de drogas, e porte ilegal de arma de fogo, confirmou a versão, mas disse que o tio da criança baleada também teria agredido a esposa dele, que está grávida, e seus pais.
Já o atirador, de primeiro nome Tiago, que tem 28 anos, e já cumpriu pena por homicídio, disse ter perdido a cabeça após ficar sabendo que uma mulher grávida e os pais dela haviam sido agredidos. Ele confessou que desceu do carro com duas pistolas, uma delas calibre Ponto 40, e relatou ter efetuado cinco, ou seis disparos.
Além das duas armas, a PM também apreendeu duas peças grandes, e pequenas porções de maconha com os três suspeitos. Eles foram encaminhados para a Central Geral de Flagrantes de Goiânia, onde acabaram autuados por dupla tentativa de homicídio.