CRUELDADE

Criança morta em Rio Verde foi torturada com garfo quente, diz laudo

A Polícia Civil de Goiás concluiu, nesta quarta-feira, 9, o inquérito referente ao caso da…

A Polícia Civil de Goiás concluiu, nesta quarta-feira, 9, o inquérito referente ao caso da criança de 1 ano e 8 meses que foi espancada até a morte, no município de Rio Verde, em 31 de agosto deste ano. O padrasto da criança, que já estava preso por suspeita de ter cometido o crime, foi indiciado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, fraude processual e ato de tortura. A perícia constatou inúmeras lesões externas e internas no menor, incluindo ferimentos feitos com garfo quente e um rompimento do fígado, o que ocasionou uma hemorragia interna.

À época do fato, o padrasto da criança foi preso em flagrante. Conforme informado pelo delegado Danilo Fabiano, responsável pelas investigações, o laudo expedido pela Polícia Técnico-científica determinou que a criança foi submetida à intensa tortura, o que a fez passar “por um sofrimento físico muito grande”.

De acordo com Danilo, o laudo cadavérico apontou várias lesões externas na cabeça, tórax, nádegas e em várias outras partes do corpo, além de lesões internas nos rins e fígado, que podem ter provocado a morte do menor. “Chamou muita atenção do médico uma lesão no fígado da criança que teve um rompimento de cinco centímetros e causou um sangramento interno de pelo menos 500 ml de sangue, que foi a causa principal do óbito dessa criança”, revelou o delegado.

A perícia também constatou ferimentos que teriam sido causados por um garfo quente. “Uma crueldade muito grande praticada”, comentou Danilo.

Mãe da criança morta pelo padrasto segue em liberdade

Além dos crimes de ato de tortura e homicídio duplamente qualificado, com aumento de pena em razão da vítima ser menor de 14 anos, o delegado Danilo Fabiano relata que o padrasto da criança também foi indiciado por fraude processual, por ter tentado desmontar a cena do crime. ” Logo apos assassinar a criança, ele [o padrasto] destruiu elementos do crime, lavando a casa. A Polícia Técnico-científica fez uso do luminol e encontrou vários resquícios de sangue”, informou.

Já a mãe da vítima segue em liberdade sob uso de tornozeleira. Danilo conta a mulher foi indiciada pelo crime de omissão de ato de tortura, mas as investigações contra ela seguem.