Caldas Novas

Cumprido último mandado de prisão da Operação Negociata

Ao todo, foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão em uma operação sobre lavagem de dinheiro e proprinas

Na tarde desta quinta-feira (13) foi cumprido o último mandado de prisão da Operação Negociata, deflagrada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). A informação foi confirmada pelo MP-GO, mas o nome ainda não foi divulgado.

Ao todo, foram cumpridos nove mandados de prisão. Na manhã desta quinta-feira foram presos: o prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal; Luciano Silva Guimarães Filho; a pregoeira da Prefeitura, Rosane Rodrigues Rosa; João Afonso e Rony Lopes; e o policial militar reformado e diretor da Secretaria municipal de Administração de Caldas Novas, Marcos Patrício Alencar Escórcio. Além de uma enfermeira.

A operação investiga uma espécie de troca de favores que envolvia o Poder Público de Caldas Novas. Empresas e empresários eram beneficiados com propinas. As acusações também envolvem crimes de lavagem de dinheiro.

Ao todo, foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão, incluindo em empresas de fachada de iluminação. Foram apreendidos cerca de U$ 120 mil, cheques, moeda brasileira e um revólver calibre 38.

Duas dessas empresas são em Goiânia: a Brasil Iluminação e Construção, no bairro de Campinas, e a Nacional Materiais Elétricos, na Esplanada dos Anicuns. O Mais Goiás tentou contato com a Brasil Iluminação mas os telefones não atendem. Os contatos da Nacional não foram encontrados. Caso os proprietários queiram se manifestar, esse portal d notícias deixa o espaço aberto.

Negociações

Dentre as informações levantadas pela PRF, a prefeitura teria facilitado a alteração de um trecho do perímetro urbano de Caldas Novas para favorecer uma empresa de turismo, envolvendo cerca de R$ 120 em propinas.

Uma empresa de consultoria de informática, que na verdade nunca havia prestado serviços, teria recebido R$180 mil e doado parte do montante à campanha eleitoral de Evandro Magal. Outras empresas também são acusadas da mesma prática: recebimento de dinheiro por uma prestação de serviços inexistente e repassando.

A defesa do prefeito informou ao Mais Goiás, por nota, que “não há provas contra ele apresentadas nos autos e que os supostos atos a ele imputados são inverídicos e serão, sem dúvidas, esclarecidos perante a Justiça”. A prefeitura de Caldas Novas informou que não tem informações sobre a substituição de Magal no cargo.

O prefeito é filiado ao Partido Progressista (PP). Até o fechamento da notícia, o ministro das Cidades e presidente da legenda, Alexandre Baldy, não havia se posicionado sobre o caso. Informações mais detalhadas serão divulgadas nesta sexta-feira (14) em uma coletiva de imprensa.