Conhecimento

Curso de defensoria popular oferece capacitação educacional e de direito para mulheres

Edição é voltada para pessoas com perfil de liderança e atuantes na Região Noroeste de Goiânia. A ideia é que alunos orientem pessoas em situação de vulnerabilidade social

Mulheres que atuam no atendimento de populações em situação de vulnerabilidade social podem ter mais uma ferramenta a seu dispor a partir desta sexta-feira (26/4). Isso porque a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) promove um curso para capacitar essas pessoas em educação e em direitos.

A abertura será às 13h30 desta sexta, no auditório da Maternidade Nascer Cidadão. A estimativa é de que 60 mulheres participem. Intitulado Defensoras Populares, o programa já existe em São Paulo e Rio Grande do Norte. De acordo com a coordenadora do Núcleo Especializado de Defesa e Promoção dos Direitos da Mulher (Nudem), que integra a DPE, Gabriela Hamdan, os alvos principais são agentes de saúde e lideranças religiosas. Serão sete encontros, até o próximo 28 de junho.

Ao todo, 60 vagas são ofertadas. A seleção dos candidatos ficou a cargo do Grupo Samba Crioula, que é da Região Noroeste e conhece as demandas da área. “Após o curso, essas defensoras continuarão trabalhando com seus tradicionais afazeres e profissões, mas, capacitadas em direito para saber ajudar, dar o primeiro socorro às pessoas atendidas e saber fazer o encaminhamento correto para os serviços”, ressalta Hamdan.

A ementa passa por informações históricas do movimento de mulheres, na luta pela conquista de direitos, pelos marcos normativos domésticos, regionais e universais dos sistemas de proteção de direitos humanos, em harmonia com as demandas práticas e questões de maior interesse das mulheres participantes.

Segundo, Gabriela, a Defensoria Pública é instituição fundamental para enfrentar o problema da violência contra as mulheres, possuindo como função institucional a defesa dos interesses individuais e coletivos das mulheres vítimas de violência. “O problema da violência é uma questão de desigualdade nas relações de poder entre homens e mulheres, na discriminação e opressão sofrida por elas nos mais diversos espaços públicos e privados. Uma questão de gênero, portanto, que é afligida também por outros recortes de vulnerabilidade, como as discriminações sociais, raciais, geracionais, dentre outras”, pontua.