Curso orienta professores para inclusão de superdotados

Começa nesta quinta-feira, dia 25, a capacitação de professores da rede estadual sobre Altas Habilidades (AH)/Superdotação (SD). O objetivo é orientar os profissionais para lidar melhor e instigar os alunos que têm AH/SD. Muitas vezes esses estudantes são julgados como desinteressados ou mesmo rotulados como hiperativos quando, na verdade, são superdotados e devem ter acesso a uma educação que atenda às suas necessidades.

Os alunos Superdotados/Altas Habilidades são os que se destacam em áreas específicas. Pode ser aquele que tem uma aprendizagem mais rápida que os colegas, ou que pensa de forma incomum para resolver problemas, ou que está sempre curioso sobre como e o porquê das coisas, se destaca nas artes, entre outras características. Este aluno pode ter uma ou mais de uma dessas habilidades.

A gerente do Ensino Especial da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), Lorena Resende Carvalho, explica que quando esses alunos não são identificados pelos professores ou pais, muitas vezes se tornam desmotivados com o processo de ensino-aprendizagem. “Às vezes o nível de complexidade dos conteúdos não contempla a área de interesse deles”. Por mais paradoxal que possa aparecer, este aluno pode ter dificuldades na aprendizagem quando não tem estímulo.

O curso tem a intenção de orientar o professor para que consiga identificar este aluno, interagir e otimizar o potencial na área que se destaca. “O curso traz fundamentos teóricos para a interação com este público”. Com 10 encontros e tendo como tema Fundamentos Teóricos em Educação Especial na Perspectiva Inclusiva Altas Habilidades/Superdotação, os professores aprendem o que são as altas habilidades, como realizar um atendimento especializado para este aluno e como desenvolver um currículo que contemple os potenciais deste aluno.

Como funciona?
escolasestaduaisAo identificar o aluno superdotado, o professor da rede estadual encaminha o estudante para o Núcleo de Altas Habilidades e Superdotação (Naahs/s) da Gerência de Ensino Especial da Seduce. “O Naahs/s tem uma equipe preparada para atender este professor e a escola. Os técnicos vão até a escola, conhecem o aluno, conversam com a família e confirmam se aquele aluno tem indícios de superdotação ou não. Se tiver, haverá uma orientação de como este professor vai lidar com o aluno”.

A própria escola oferece o Atendimento Educacional Especializado (AEE). Em uma sala com recursos multifuncionais com computadores, jogos pedagógicos, entre outros equipamentos, o aluno pode voltar no contraturno para desenvolver ainda mais suas habilidades. “É feito um trabalho suplementar. Contamos com um professor específico para isso”.

Segundo Lorena, há o registro de 70 alunos superdotados nas escolas estaduais do Estado, porém está sendo realizado um novo levantamento para identificar mais estudantes. “A gente acredita que em toda rede de Goiás deve ter mais alunos. Estamos querendo agora ampliar este trabalho de investigação para identificar novos alunos que tenham esse perfil”, finaliza.