“Custo altíssimo” faz prefeitura de Goiânia trocar monumento na capital
Projetado para ser uma mão dedilhando um violão, o monumento teve de ser substituído após a prefeitura constatar problemas na qualidade do solo que acabariam "por aumentar muito o custo da obra"
A prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), iniciou, na última segunda-feira (7), a execução do encabeçamento do lado leste, sentido GO-020, da construção do viaduto que integra o Complexo Viário Jamel Cecílio, na capital. Quanto ao monumento do complexo, inicialmente projetado para ser uma enorme mão dedilhando um violão, teve de ser substituído após a prefeitura constatar problemas na qualidade do solo que acabariam “por aumentar muito o custo da obra”.
Segundo o titular da Seinfra, Dolzonan Mattos, a baixa qualidade do solo, no caso do monumento anteriormente pensado, obrigaria as equipes da obra a colocar um reforço extra com estacas de concreto para garantir a segurança e durabilidade da construção. Isso, de acordo com o secretário, acarretaria “um custo altíssimo para a obra, fator que se torna inviável, principalmente, nesses tempos de pandemia”.
“Para fazer o monumento proposto, é preciso também desse reforço extra na fundação para sustentar a estrutura, o que encarece muito os serviços, então, optamos por esse outro projeto que também vai embelezar e dar uma aparência moderna à obra”, justifica o secretário.
O monumento foi idealizado pelo arquiteto Sandro Silva Carvalho e seria uma homenagem ao cantor Leandro, da dupla Leandro e Leonardo, morto em 1998, vítima de câncer.
O novo monumento
No lugar da mão gigante dedilhando um violão, o Complexo Viário Jamel Cecílio vai receber, agora, uma estrutura formada por dois arcos que envolvem o novo viaduto e “formam uma parábola despontando na paisagem cercada de prédios”.
O novo monumento será construído em estrutura metálica em aço galvanizado revestido com chapas eletro fundidas e pintura à base de poliuretano, a iluminação será em Led. Para o arquiteto e projetista da obra, Renato Cunha de Almeida, o monumento “representa uma janela aberta para a cidade”. “A ideia é que todos possam se sentir acolhidos pelo monumento e desfrutar da paisagem urbana da nossa cidade”, informa.
A estrutura, de acordo com a Seinfra, é constituída por treliças trapezoidais, cujo arco maior tem aproximadamente 30 metros de altura e o menor, 22 metros. Segundo Renato, os montantes são elementos estruturais “que estabilizam o conjunto formando uma superfície reversa”. “Esse conceito permite maior estabilidade ao pórtico e confere um caráter dinâmico aos elementos criados na composição”, afirma.