De dentro da cadeia, condenados encomendavam crimes, diz polícia
Durante operação desencadeada nesta quarta-feira, quatro pessoas que estariam cumprindo ordens dos encarcerados para roubar veículos, residências, e traficar drogas, foram presas
Mesmo recolhidos na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, e na cadeia de Senador Canedo, três perigosos condenados, segundo a polícia, davam ordens para que comparsas cometessem crimes nas ruas. Os três tiveram novas prisões preventivas decretadas, e quatro comparsas deles acabaram presos durante uma operação desencadeada nesta quarta-feira (4) pela Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA).
As investigações que identificaram os sete suspeitos começaram em maio passado. De acordo com que apuraram os agentes da DERFRVA, a organização criminosa, que tinha como líderes um condenado que cumpre pena em Senador Canedo, e dois que estão presos na POG, traficava drogas, vendia e alugava armas, e roubava veículos e residências na região metropolitana de Goiânia. Os três presos, descobriram os policiais, são ligados a facções criminosas que atuam dentro e fora das cadeias.
No decorrer das investigações, um integrante do bando foi preso em Senador Canedo com drogas e um revólver, e outro foi flagrado em Aparecida de Goiânia com uma arma de fogo, e R$ 10 mil em dinheiro. Os dois foram autuados em flagrante. Os policiais também apreenderam, durante a operação desencadeada hoje, várias porções de drogas, e um caderno com a contabilidade do tráfico.
“Nesta primeira fase da operação nós desarticulamos a base da organização criminosa, e prendemos os responsáveis por guardar armas e drogas, e também pela contabilidade da quadrilha, sendo que quase todos são parentes dos condenados que já estão presos”, relatou o delegado Marco Aurélio Euzébio, adjunto da DERFRVA.
Tanto os condenados, quanto os quatro presos hoje, responderão por vários crimes, entre eles tráfico de drogas, roubo, furto, e associação criminosa. Os nomes e idades dos investigados não foram divulgados.