Decon apreende 17 toneladas de carne que eram comercializadas em antiga oficina em Goiânia
Alimento sem procedência era manuseado sem refrigeração e em meio a insetos e óleo de motor
Uma denúncia anônima levou a Polícia Civil a interditar uma antiga oficina de veículos que era usada para a comercialização de carne clandestina, em Goiânia. No local, os agentes apreenderam 17 toneladas de carne que eram manipuladas sem refrigeração, em meio a insetos e óleo de motor de veículos.
Contando com o apoio de Guardas Civis Metropolitanos, peritos do Instituto de Criminalística, e agentes da Agrodefesa, policiais da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), chegaram até a antiga oficina, que fica no Residencial Cidade Verde, e encontraram, lá dentro, uma grande quantidade de carne sem procedência, e vários caminhões. O alimento, segundo constataram os agentes, estava acondicionado fora da temperatura recomendada e tinha a identificação de procedência fraudada.
“Além de não ter autorização para funcionar naquele local, a carne, que ninguém sabe na verdade de onde veio, era manuseada sem qualquer tipo de higiene, em meio aos restos do que foi uma oficina, ao lado de coletores de óleo de motor, e até mesmo junto com baratas”, relatou o delegado Rodrigo Godinho, adjunto da Decon.
Durante as investigações, a polícia constatou que, para não chamar a atenção durante a transferência da carne, caminhões eram estacionados na frente da antiga oficina, a fim de impedir a visualização do que acontecia lá dentro. Após ser colocada em outros caminhões, ainda conforme apuraram os agentes, a carne era comercializada em açougues e supermercados da região Noroeste da capital.
O proprietário do galpão, que não teve o nome divulgado, foi encaminhado para a delegacia, e responderá por crimes contra a relação de consumo, que tem pena prevista de dois, a até cinco anos de reclusão. A carne apreendida foi entregue a Agrodefesa para ser descartada no Aterro Sanitário.
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