Decon investiga suspeita de publicidade enganosa praticada pelo SindiGoiânia
Grupo afirma que, por intermédio do sindicato, pagou por curso no Paraguai. Mas condições da universidade não estavam de acordo com o contrato
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), está investigando a suspeita de publicidade enganosa praticada pelo Central de Cursos do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Goiânia (SindiGoiânia).
De acordo com titular da Decon, delegado Webert Leonardo Lopes, um grupo de trabalhadores procurou a delegacia alegando que pagaram por um curso de mestrado oferecido no Paraguai, mas foram enganados. “Na denúncia, as supostas vítimas afirmam que o SindiGoiânia intermediou a matrícula nesse curso, mas quando chegaram ao Paraguai, o que foi oferecido não cumpria o que estava no contrato”, explicou o delegado.
Advogado do SindiGoiânia, Hellyakim Venâncio afirma que a instituição tem convênio com o Instituto Superior Cultural Brasileiro, que intermediou o convênio com a Universidade Central do Paraguai, onde os trabalhadores ligados ao SindiGoiânia fariam o curso, que tem dois anos de duração. “Como houve uma mudança na legislação do Paraguai em relação à educação e esta instituição ainda não havia se adequado, o sindicato achou melhor mudar a universidade em que os trabalhadores fariam o curso. A Universidad Gran Asunción (Unigran) foi escolhida, mas a mudança só aconteceu depois que todos os alunos concordaram e assinaram novo contrato”, explicou o advogado.
Segundo Lopes, os trabalhadores afirmam que o SindiGoiânia não tem convênio com a Unigran, que a estrutura da universidade não está de acordo com o proposto no contrato e que tiveram problemas em relação à transporte e hospedagem, quando estiveram no Paraguai. Por outro lado, a defesa afirma que tem documentos que provam a relação entre a universidade e o SindiGoiânia. “Representantes do sindicato também dizem que transporte e hospedagem eram de responsabilidade dos alunos”, disse o delegado.
Nos próximos dias, afirma Lopes, os envolvidos prestarão depoimento e documentos serão analisados. Em seguida, o resultado do inquérito em relação à suspeita de publicidade enganosa será apresentado.