Defensoria Pública recebe denúncias de assédio praticados por professores contra alunas em escolas de Goiás
Denúncias de assédio praticado por professores de escolas privadas de todo o estado contra estudantes…
Denúncias de assédio praticado por professores de escolas privadas de todo o estado contra estudantes têm chegado à Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO). Alunas e ex-alunas afirmam terem sido vítimas de machismo e ouvido comentários depreciativos em diversas instituições. O órgão ainda não formalizou representação cível e criminal pois as vítimas não informaram nomes dos colégios e de possíveis envolvidos.
Segundo a coordenadora do Núcleo Especializado de Defesa e Promoção dos Direitos da Mulher (Nudem), a defensora pública Gabriela Hamdan, a situação é bem mais ampla do que parece. “Não é apenas um colégio. O WR foi a explosão dos casos, mas temos recebido diversos relatos de várias escolas de todo o estado”, conta.
Apesar das denúncias, o núcleo está de mãos atadas para tomar as medidas cabíveis, pois os relatos são muito genéricos. “As estudantes pedem nossa ajuda pelas redes sociais e falam das situações, mas não dão o nome da escola e do professor. Tudo depende que essas alunas nos deem mais detalhes sobre a violência sofrida. Caso isso seja feito, elas devem solicitar as providências que desejam à Defensoria Pública”, disse.
A orientação é de que as estudantes que moram em Goiânia formalizem a denúncia, com mais detalhes, no Nudem. As alunas do interior podem fazer denúncias por e-mail. Hamdan ressalta que todas as informações repassadas pelas vítimas são sigilosas . Elas podem entrar em contato com o Nudem pelos telefone 3201-3922 / 98307-0250 ou pelo endereço eletrônico nudem@defensoriapublica.go.gov.br
Protesto
Na tarde desta quarta-feira (13), entre 20 e 40 jovens e adolescentes realizaram manifestação contra o assédio, em frente ao Colégio Protágoras, no setor Marista, em Goiânia. As estudantes carregavam cartazes que pediam tratamento igualitário entre homens e mulheres, fim do machismo e homofobia. A intenção foi tornar pública a violência sofrida, além de incentivar as alunas a denunciarem os casos.
Entenda
Casos de assédios e constrangimentos travestidos de brincadeira em escolas privadas do estado ganharam repercussão após denúncia de alunas em uma publicação feita no Instagram do Colégio WR, no último dia 8 de março, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Após o post, uma série de alunas e ex-alunas se manifestaram denunciando casos de machismo dentro da instituição. Depois de tomar grandes proporções, a postagem foi apagada.