A defesa do chacareiro Elmi Caetano Evangelista pediu pela soltura do empresário, preso no último dia 24 suspeito de abrigar e auxiliar Lázaro Barbosa. Segundo o advogado Ilvan Silva Barbosa, o processo segue em sigilo, por isso não pode comentar a tese da defesa.
“Estamos dando atenção e suporte para a família neste momento”, informou ao portal. Elmi foi preso junto com o caseiro Alain Reis de Santos, que foi liberado na última sexta pela Justiça por colaborar com o caso, enquanto o chacareiro permaneceu em prisão preventiva.
Vale lembrar, o caseiro Alain Reis disse à polícia em depoimento que Lázaro esteve na propriedade de Elmi por, pelo menos, cinco dias. Afirmou, também, que o chacareiro deu comida, abrigo e chegou a conversar com Lázaro.
Segundo o secretário de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), Rodney Miranda, ele seria o líder de uma organização criminosa e continuará ser investigado. Inclusive, uma das linhas de investigação é que Lázaro atuava como ‘jagunço’ ou segurança de fazendeiros de Goiás. Ilvan negou essa possibilidade.
Ministério Público
O portal entrou em contato com o Ministério Público de Goiás (MP-GO) para comentar o pedido. Por nota, o órgão afirmou que se manifestou pelo indeferimento do pedido. Confira:
“O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por intermédio da Promotoria de Justiça de Cocalzinho de Goiás, manifestou-se pelo indeferimento do pedido de reconsideração da prisão preventiva de Elmi Caetano Evangelista. De acordo com parecer da promotora de Justiça Gabriela Starling Jorge Vieira de Mello, a prisão preventiva decretada deve ser mantida, considerando a gravidade concreta das condutas praticadas.”
Morte de Lázaro
Lázaro foi morto durante confronto com a Polícia, em uma região de mata em Águas Lindas de Goiás, na manhã de segunda-feira (28), após fugir das forças de segurança por cerca de 20 dias.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), o homem descarregou uma pistola contra os policiais. No revide, ele foi atingido com tiros no peito, barriga e cabeça. Ele chegou a ser encaminhado para o hospital, mas não resistiu.
Linha do tempo
– Quarta-feira (9) – A onda de crimes tem início quando o suspeito invade uma casa em Ceilândia. Lá, ele teria matado o empresário Cláudio Vidal, 48; dois filhos dele, Gustavo Marques, 21; e Carlos Eduardo Vidal, 15; e sequestrado a mãe deles, Cleonice Marques, 43.
– Sexta-feira (11) – Polícia Militar do DF inicia buscas pelo suspeito.
– Sábado (12), à tarde – polícia encontra o corpo de Cleonice Marques. Cadáver estava próximo de um córrego na região de Sol Nascente (DF). Mulher estava nua, de bruços e apresentava cortes na região das nádegas.
– Sábado (12), à noite – Três pessoas são baleadas em uma casa na zona rural de Cocalzinho de Goiás. Suspeito teria forçado vítimas a fazer comida para ele enquanto as obrigava a fazer consumo de drogas. No local, Lázaro supostamente rouba duas armas de fogo e munições.
– Domingo (13), à tarde – Chácara é invadida em Cocalzinho de Goiás. Proprietário encontra imóvel revirado e dá falta do carro, um Corsa vermelho.
– Domingo (13), noite – veículo é abandonado na BR-070, após avistar bloqueio policial próximo à cidade de Edilândia. Suspeito foge à pé, supostamente para região de mata. Investigadores ainda não confirmaram se responsável por abandonar carro é mesmo Lázaro.
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– Segunda-feira (14), manhã – Mais policiais se juntam à operação de captura. Agora, são 210 agentes da PM-GO, PM-DF e Polícia Federal (PF) que atuam para detectar e prender Lázaro. Secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodnei Miranda acompanha os trabalhos in loco.
– Segunda-feira (14), noite – Lázaro pede comida em uma chácara em Edilândia, mas diante da negativa do caseiro atira com uma pistola contra a propriedade. O caseiro, que também estava armado com uma espingarda, revida, fazendo com que o procurado fuja do local correndo a pé.
– Terça-feira (15), tarde – Moradores de uma fazenda em Cocalzinho de Goiás afirma ter avistado Lázaro passando pela propriedade. Desesperados, eles orientam os policiais sobre o caminho que ele seguiu.
– Terça-feira (15), tarde – Três pessoas – uma mulher e duas crianças – foram mantidas reféns de Lázaro Barbosa em uma propriedade rural que fica a 5 km de distância do povoado de Edilândia. Os reféns foram libertados após troca de tiros com a polícia e o suspeito fugiu por um Rio próximo da fazenda.
– Terça-feira (15), noite – Lázaro teria retornado a uma propriedade que invadiu pela manhã em busca de alimentos. O proprietário encontrou a casa revirada e deu falta de produtos alimentícios.
– Terça-feira (15), noite – Secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda diz que equipes estão mais perto de capturar Lázaro e que não deixarão o local sem o suspeito.
– Quarta-feira (16), manhã – Secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda diz que suspeito não agiu nesta madrugada e que o cansaço será a estratégia para capturá-lo.
– Quinta-feira (17), manhã – A secretaria de Segurança Pública de Goiás informou que 20 policiais da Força Nacional vão auxiliar nas buscas por Lázaro, em Edilândia.
– Quinta-feira (17), manhã – Rodney Miranda, Secretário de Segurança de Goiás, afirmou que Lázaro está mais desgastado e cometendo mais erros.
– Quinta-feira (17), noite– Rodney Miranda, Secretário de Segurança de Goiás, confirmou que Lázaro foi visto pelo menos duas vezes e que houve pelo menos um confronto.
– Sexta-feira (18), manhã – Policiais encontraram uma vela de sete dias na região de mata de Edilândia, povoado de Cocalzinho de Goiás. O objeto, com o nome de Lázaro, foi localizado ainda na noite de quinta.
– Segunda-feira (21), tarde – Secretaria recebe quase mil denúncias sobre Lázaro, em 24h, a maioria trote. Além disso, o exército cedeu 40 rádios comunicadores para auxiliar as equipes. Segundo a SSP, cerca fica cada vez mais fechado.
– Terça-feira (22), manhã – Intensificação de barreiras em busca de Lázaro causa fila de carros na BR-070.
– Terça-feira (22), manhã – Um carro é encontrado queimado na região de Girassol.
– Terça-feira (22), tarde – Policiais encontram um lençol e um serrote na região de Girassol, a 4km de Águas Lindas.
– Quarta-feira (23), manhã – Comandante da Rotam explica porque a tropa deixou as buscas por Lázaro, no fim de semana.
– Quarta-feira (23), manhã – A secretaria de Segurança Pública pediu que um eventual advogado de Lázaro procurasse a força-tarefa para negociar a rendição.
Quarta-feira (23), tarde – Disque Denúncia de Lázaro recebe 3,8 mil desde domingo. Polícia diz que há indicativos que suspeito tentou invadir uma casa, na noite de terça.
Quarta-feira (23), noite – Secretaria de Segurança diz que carro encontrado queimado, na terça, possivelmente não tem relação com caso Lázaro.
Quinta-feira (24), tarde – Em grande movimentação, policiais deixam QG em disparada pela região de Girassol. Lázaro teria invadido uma fazenda a 5km do povoado e buscas ocorrem na região.
Quinta-feira (24), noite – Polícia prende duas pessoas suspeitas de ajudar Lázaro a se esconder na região de Cocalzinho.
Quinta-feira (24), noite – Secretário de Segurança Pública de Goiás diz que Lázaro é investigado por ao menos sete crimes violentos antes da chacina do DF.
Sexta-feira (25), manhã – Advogados negam que caseiro e fazendeiro presos ajudaram Lázaro. Eles dizem que a polícia não tem provas do suposto envolvimento dos homens com o caso.
Sexta-feira (25), manhã – Em depoimento, o caseiro Alain Reis dos Santos disse que o fazendeiro Elmir Caetano Evangelista, de 75 anos, deu comida, abrigou e chegou a conversar com Lázaro.
Sexta-feira (25), tarde – Ocorre audiência de custódia de suspeitos de ajudarem Lázaro e o caseiro será solto, informou advogado. Defesa levou roupas extras para o fazendeiro.
Sábado (26), tarde – Força-tarefa recebe estações de rádio usadas na Copa do Mundo de 2014 para auxiliar nas buscas pelo fugitivo.
Domingo (27), manhã – Equipes policiais iniciaram o dia de buscas numa mata próxima à BR-070, em Girassol, após um morador afirmar ter visto o fugitivo.
Segunda (28) madrugada – Denúncia aponta presença de Lázaro em condomínio da ex-sogra, em Águas Lindas
Segunda (28) manhã – Lázaro é encontrado e morto pela polícia