POSIÇÃO

Defesa de fisioculturista lamenta morte de mulher que ele é suspeito de agredir

Ela estava internada desde 10 de maio e faleceu no fim da noite de segunda-feira, dia 20

Thiago Marçal e Gelício Garcia, advogados do fisioculturista Igor Porto, lamentaram a morte de Marcela Luise Souza Ferreira, esposa do suspeito. Ela, que estava internada desde o último dia 10 de maio, em um hospital particular de Aparecida de Goiânia, para onde foi levada pelo próprio companheiro, faleceu no final da noite de segunda-feira (20), em decorrência de várias agressões.

Quando chegou na unidade, Igor Porto Galvão, de 31 aos, afirmou que a esposa tinha se machucado após cair com a cabeça no chão, enquanto limpava a casa. Os médicos que a atenderam, porém, decidiram acionar a polícia após constatarem que a mulher tinha vários hematomas não condizentes com uma queda, como traumatismo craniano dos dois lados da cabeça e na base do cérebro, além de fraturas na clavícula e em oito costelas.

Com as provas em mãos, a Polícia Civil solicitou e a justiça decretou a prisão temporária do fisiculturista, que foi preso no final da semana passada. Durante audiência de custódia, Igor Porto Galvão teve sua prisão transformada em preventiva. A previsão da delegada Bruna Coelho, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia, é de ouvir o fisiculturista novamente na tarde de hoje.

Após a morte da mulher de 31 anos, que teria sido agredida pelo marido, a delegada Bruna Coelho informou que ele responderá por feminicídio consumado. Segundo ela, o próximo passo é finalizar as diligências para remeter o inquérito ao Poder Judiciário.

“A defesa do investigado Igor Porto Galvão lamenta profundamente a morte de Marcela Luise, e continuará pronunciando apenas com relação às investigações”, disse a nota enviada ao Mais Goiás. Já sobre a detenção do suspeito, que também é nutricionista, eles dizem que, no ponto de vista da defesa, “não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal”.

O defensor reforça que o cliente possui profissão licita (é nutricionista e educador físico), tem endereço fixo, é primário e em momento algum existe algo no processo que ele interferiu no bom andamento da investigação.

“Pelo contrário, a Polícia Civil esteve em sua residência fora de horário, a fim de fazer perícia, e ele autorizou. Perícia essa que teve como resultado inconclusiva. Importante salientar que o colega advogado, que estava acompanhando o Igor, já havia ido à delegacia e o colocado à disposição da autoridade policial. Até o momento, o Igor não foi ouvido. A defesa vai entrar com os pedidos cabíveis a fim de que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferentes do cárcere.”