Defesa de fisioculturista suspeito de agredir mulher nega tráfico de anabolizantes: “Fazia uso”
"O que houve foi um flagrante na academia que ele treinava para um campeonato de fisculturismo, quando ele fazia uso de esteroides anabolizantes. Essa era a 'droga' que foi encontrada na mochila dele"
Thiago Marçal, advogado do fisioculturista Igor Porto, preso suspeito de espancar a companheira e alegar que ela caiu em casa, em Aparecida, nega que ele traficou anabolizantes. A informação foi dada pela delegada Bruna Coelho, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher do município, à TV Anhanguera, nesta segunda-feira (20).
“O que houve foi um flagrante na academia que ele treinava para um campeonato de fisculturismo (ele é campeão várias vezes, inclusive em campeonatos nacionais), quando ele fazia uso de esteroides anabolizantes. Essa era a ‘droga’ que foi encontrada na mochila dele. Mas houve absolvição sumária na ação penal”, declarou.
Sobre o caso que culminou na prisão do suspeito, que também é nutricionista, Thiago diz que, no ponto de vista da defesa, “não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal”. Ele reforça que o cliente possui profissão licita (é nutricionista e educador físico), tem endereço fixo, é primário e em momento algum existe algo no processo que ele interferiu no bom andamento da investigação.
“Pelo contrário, a Polícia Civil esteve em sua residência fora de horário, a fim de fazer perícia, e ele autorizou. Perícia essa que teve como resultado inconclusiva. Importante salientar que o colega advogado, que estava acompanhando o Igor, já havia ido à delegacia e o colocado à disposição da autoridade policial. Até o momento, o Igor não foi ouvido. A defesa vai entrar com os pedidos cabíveis a fim de que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferentes do cárcere.”
Reincidente
Vale citar, o suspeito, que é nutricionista, já teria agredido a vítima em outra ocasião, conforme a delegada. Ele também responde por um caso de violência contra outra ex-namorada. “Tem uma ocorrência registrada no sistema por lesão corporal em Brasília, em meados de 2021. Houve um pedido de medida protetiva que foi deferido, mas foi arquivado porque eles reataram o relacionamento”, explicou Bruna.
A atual companheira do suspeito foi agredida no dia 10 de maio, conforme a polícia. Após o espancamento, o homem a levou ao hospital e afirmou que ela havia caído em casa. Porém, após a unidade de saúde perceber a gravidade das lesões, a Polícia Civil foi acionada.
A vítima de 31 anos segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Mônica. O Mais Goiás entrou em contato com a unidade, a fim de obter o estado de saúde dela atualizado, e aguarda resposta.
Segundo a Polícia Civil, quando chegou ao hospital, a vítima apresentava múltiplas lesões, como traumatismo craniano no lado direito, esquerdo e base do crânio, além de oito costelas quebradas, clavícula fraturada, escoriações pelas coxas, boca e olhos, dentre outras.