Defesa de homem agredido por PMs em Trindade (GO) vai acionar corregedoria
A defesa do servente de pedreiro Carlos Adalberto Gomes Teles, que foi agredido por policiais…
A defesa do servente de pedreiro Carlos Adalberto Gomes Teles, que foi agredido por policiais militares em Trindade na última sexta-feira (25), vai registrar uma denúncia na corregedoria da PM. A informação é do advogado Edson Cândido de Sousa, que representa o sujeito agredido, que já foi à Polícia Civil.
Na denúncia, o advogado vai protocolar um vídeo (gravado por câmeras de segurança) que registrou o momento em que os policiais militares agridem Carlos Adalberto em um bar da cidade no setor Ana Rosa, por volta das 22h40.
Na gravação, que não tem som, duas viaturas chegam no local, estacionam e três policiais descem dos carros. Dois deles apontam armas para o homem, enquanto o terceiro o revista.
Depois de terminar, o policial pega a mochila do homem, que faz algum questionamento. Um dos PMs que estava armado, então, acerta um tapa na cara do indivíduo que estava no bar. Após o golpe, o homem vai ao chão.
Advogado de Carlos Adalberto
Segundo o advogado Edson Cândido, o cliente dele teve ferimentos nos braços, pernas, costas e rosto, devido a queda. Além disso, ele afirma que Carlos perguntou o nome dos PMs e eles o ameaçaram, dizendo que poderiam fazer uma visita a ele, caso levasse o assunto a diante. “Meu cliente perguntou: ‘qual o nome de vocês’; e um deles respondeu: ‘por que quer saber? quer receber um visita?’.”
No sábado (26), Carlos fez exames de corpo de delito e uma denúncia na Polícia Civil. O advogado afirma que o cliente não tem antecedentes e criminais (somente cível, por problemas de pensão alimentícia) e que é querido na região onde mora. Além disso, afirma que ele está com muito medo e que pedirá uma medida protetiva. “Ele disse que está com medo. A família dele também muito amedrontada com retaliação.”
A expectativa da defesa é que saia a medida protetiva para afastar aqueles policiais de Carlos. “Logicamente, também esperamos uma medida rápida da Justiça Militar e da corregedoria.”
O Mais Goiás solicitou um posicionamento sobre o vídeo à Polícia Militar (PM) no domingo e não teve retorno. A corregedoria da PM, por sua vez, enviou a seguinte nota:
“Informo que foi Instaurado um Procedimento para apuração do fato supracitado, utilizando as informações obtidas através da mídia, tendo em vista que o senhor Carlos Adalberto não compareceu à este Plantão Correcional até o presente momento.”
*Matéria atualizada com a nota da corregedoria da PM às 19h.