VERSÃO

Defesa de suspeito de ataques cibernéticos diz que cliente é vítima de rivais

Alexandre Pereira é acusado de usar o codinome "Guerreiro" para coordenar ataques ao sistema de empresas provedoras de internet e exigir pagamento de valores em bitcoins.

O advogado de defesa do empresário Alexandre Pereira Barros, preso na última terça-feira, 29, suspeito de coordenar ataques cibernéticos contra empresas provedoras de internet, disse que as acusações contra seu cliente são fruto de uma “briga de mercado” e têm origem em empresas rivais. Alexandre é acusado de usar o codinome “Guerreiro” para coordenar ataques ao sistema dessas empresas, que também são provedoras de internet, e exigir pagamento de valores em bitcoins.

De acordo com o advogado Thiago Huascar, Alexandre, que é proprietário de uma provedora de internet localizada no Setor Santos Dumont, em Goiânia, não cometeu os crimes a ele atribuídos, uma vez que, conforme o advogado, as acusações são movidas por empresas do mesmo segmento e teriam a intenção de “denegrir sua imagem e empresa”.

“Ele irá provar sua inocência ao longo do processo”, afirmou Huascar.

Empresário já foi preso antes

Alexandre Pereira já havia sido preso temporariamente pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), no dia 31 de agosto deste ano na 1ª fase da Operação Attack Mestre, conduzidas pelas polícias civis de Goiás e do Tocantins. Entretanto, teve a prisão preventiva negada pela Justiça.

Na manhã de ontem, 29, a Polícia Civil do Tocantins comunicou à de Goiás que havia sido expedido novo mandado de prisão preventiva em desfavor do mesmo investigado. Novas diligências resultaram no cumprimento da prisão preventiva dele.

Conforme apurado pelas investigações, após “Guerreiro”, codinome de Alexandre, atacar o sistema de empresas, que também são provedoras de internet, ele exigia o pagamento de valores em bitcoins e só parava os ataques depois do pagamento. Uma das empresas teria tido o prejuízo de mais de R$ 150 mil.

Alexandre agora segue à disposição do Poder Judiciário e será recambiado para o estado do Tocantins.