Defesa de Tatico diz que o empresário foi vítima da quadrilha que gerou operação em Goiás
A defesa de José Fuscaldi Cesilio, mais conhecido como José Tatico, disse que o empresário…
A defesa de José Fuscaldi Cesilio, mais conhecido como José Tatico, disse que o empresário foi, na verdade, vítima da quadrilha que gerou a Operação Looping 2, da Polícia Civil do Distrito Federal (DF). O dono da rede de supermercados e um de seus filhos foram presos durante cumprimento de mandados em Padre Bernardo e Goiânia, nesta terça-feira (21). A corporação apura o envolvimento deles em um esquema criminoso especializado na falsificação de documentos para simular a propriedade de fazendas milionárias no território goiano.
De acordo com nota do advogado Frederico Sardinha, a fazenda supostamente envolvida no esquema foi adquirida pelos empresários “legalmente de boa-fé, tendo sido paga dentro do cartório e transferida e registrada no ato”. Segundo o texto, os documentos possuem autenticidade, “e, portanto, não foi possível verificar a fraude praticada pelos reais responsáveis pela prática irregular”.
Ainda conforme expõe a defesa, a operação busca apenas a prestação de esclarecimentos sobre a investigação. “[Os empresários] estão à disposição para contribuir com as autoridades competentes e demonstrar a realidade dos fatos. Cumpre mencionar quanto aos fatos, não há nenhuma ligação com o exercício de suas atividades empresárias”.
Entenda
Segundo a PCDF, um antigo tabelião do cartório de notas e registro civil de Limeira (MG) teria falsificado documentos, entre eles uma certidão na Terracap, e invadiu expressiva área pública dada como garantia de um empréstimo. Durante as investigações, a corporação descobriu a confecção de procurações falsas que outorgavam direitos fraudulentos sobre as propriedades.
Em 2016, o mesmo ex-tabelião fez uma procuração falsa com o objetivo de transferir uma segunda fazenda localizada na cidade de Mimoso (GO), pertencente a um espólio e avaliada em R$ 10 milhões.
A Polícia também apurou que o esquema de falsificação lavrou uma 3ª procuração com uso de documentos falsos na cidade mineira de Dom Bosco, relacionada a uma fazenda de R$ 15 milhões.