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Delegado aguarda laudos para a conclusão de inquérito no caso Susy Nogueira

Nesta quarta-feira (3) foram encerradas as oitivas sobre a morte de Susy Nogueira Cavalcante, 21 anos,…

Nesta quarta-feira (3) foram encerradas as oitivas sobre a morte de Susy Nogueira Cavalcante, 21 anos, que foi abusada na UTI do Hospital Goiânia Leste (HGL), no dia 16 de maio. O suspeito de abusar da estudante é o técnico de enfermagem Ildson Custódio Bastos, 41 anos. Segundo Washington da Conceição, titular da 9ª Delegacia de Polícia (DP), todo o material da investigação foi encaminhado para a perícia concluir os laudos.

“Será feito um parecer técnico de todos os depoimento, um laudo sobre a causa da morte da estudante e um terceiro laudo pericial após a análise das imagens das câmeras de segurança”, disse Washington. “Mais de cinquenta pessoas foram ouvidas, entre funcionários do hospital, familiares da Susy e os médicos que já a acompanhavam antes dela ser internada”, completa.

O delegado explicou que há muitas horas de gravação a serem analisadas e, o fato de alguns funcionários estarem em período de férias, pode atrasar um pouco o resultado dos laudos. “Eu espero que seja entre trinta e quarenta dias. Agora é aguardar para fazer a conclusão do inquérito”, afirma.

O titular conclui dizendo que Ildson Custódio Bastos segue preso preventivamente e, desde o início das investigações, não fala sobre as denúncias. “Ele usou o direito de permanecer calado, provavelmente orientado pelo advogado”.

O Mais Goiás entrou em contato com a defesa de Ildson, que se restringiu a dizer que “por enquanto não vamos nos posicionar. Falaremos sobre dentre alguns dias”.

Técnico de enfermagem se manteve em silêncio durante depoimento (Foto: Divulgação/ PC)

Histórico

Susy morreu no dia 26 de maio, devido a uma pneumonia hospitalar, segundo o HGL. O suspeito, Ildson Custódio Bastos, se apresentou espontaneamente à delegacia e foi preso após expedição de mandado de prisão preventiva pelo juiz Alessandro Manso e Silva, da 7ª Vara Criminal.

De acordo com a Polícia Civil (PC) câmeras de segurança flagraram quando o homem toca a vítima.“As imagens são claras. Ele se aproxima de Susy, fecha a cortina e coloca as mãos na região da genitália da vítima e pratica atos libidinosos. Isso teria começado por volta das 2h da manhã e se estendido até após às 3h.

O pai de Susy acredita que a morte da filha poderia ter sido evitada. Segundo ele, a delegada que recebeu a denúncia prevaricou e não comunicou a família, nem mesmo pediu a transferência de hospital imediatamente.

No dia 3 de junho, amigos e parentes da jovem se reuniram em frente ao HGL. Com cartazes, eles protestaram, entoaram cânticos religiosos e pediram justiça para a estudante de arquitetura. No instagram, o Centro Acadêmico Livre da Escola de Arquitetura e Urbanismo (Calea) da PUC-GO, publicou que “nosso coração se enche de tristeza e é complicado enxergar a luz no final do túnel”.

Estudantes e familiares de Susy organizaram manifestação em frente ao Hospital Goiânia Leste (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Estudantes e familiares de Susy organizaram manifestação em frente ao Hospital Goiânia Leste (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

*Fabrício Moretti é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira