INVESTIGAÇÃO

Dentista dona de clínica de estética é suspeita de lesão corporal e exercício ilegal da medicina

Miriã Costa se promovia nas redes sociais como uma das principais especialistas em rinoplastia estruturada no estado de Goiás

Dentista dona de clínica de estética é suspeita de lesão corporal e exercício ilegal da medicina (Imagens: Divulgação PCGO/Redes Sociais)

A Polícia Civil de Goiás realizou, na sexta-feira (14), uma operação de busca e apreensão na Clínica de Estética Miriã Costa, localizada no setor Jardim América, em Goiânia. A investigação apura crimes de lesão corporal grave e exercício ilegal da medicina supostamente praticados por Miriã Mariana Coelho da Costa, dentista de formação, que realizava procedimentos estéticos sem a devida qualificação.

Conforme a Polícia Civil, a investigada oferecia serviços de rinoplastia em vários clientes sem possuir habilitação para a prática, resultando em lesões permanentes e, em alguns casos, deformidades irreversíveis. Os procedimentos eram divulgados nas redes sociais pelo esposo da profissional, Pedro Henrique Alves Teixeira, com preços bem abaixo do valor de mercado, o que atraía clientes, mas sem as condições adequadas de segurança e acompanhamento pós-operatório.

Durante a operação, a polícia encontrou diversas irregularidades no local, como armazenamento indevido de medicamentos que deveriam ser descartados, falta de esterilização adequada dos instrumentos cirúrgicos e condições insalubres que colocavam em risco a segurança dos pacientes.

Documentos, equipamentos e medicamentos foram apreendidos e passarão por análise para auxiliar nas investigações.

Miriã Costa se promovia nas redes sociais como uma das principais especialistas em rinoplastia estruturada no estado de Goiás. Em suas publicações, ela prometia entregar “o nariz dos sonhos” aos clientes, garantindo uma experiência diferenciada. 

As investigações seguem em andamento, e a Polícia Civil apura a existência de outras vítimas. A clínica pode ser responsabilizada pelos danos causados aos clientes, e os envolvidos poderão responder criminalmente pelos atos praticados.