Denunciado por matar Danilo continua preso; defesa nega acusação
O servente de pedreiro Hian Alves de Oliveira, denunciado como sendo o autor da morte…
O servente de pedreiro Hian Alves de Oliveira, denunciado como sendo o autor da morte de Danilo Sousa Silva de 7 anos, continua preso após cerca de um ano. Apesar de já ter sido denunciado pelo Ministério Público, a defesa nega que ele tenha algum tipo de participação na morte do menino, que aconteceu em 21 de julho de 2020, no Parque Santa Rita, em Goiânia.
Após Hian ser indiciado pela Polícia Civil, o Ministério Publico o denunciou. A denúncia foi aceita e ele passou pela fase da instrução (onde o juiz ouve testemunhas, defesa, acusação e o réu); depois o denunciado passou pela fase de apelações finais, onde o juiz o submeteu ao júri popular, mas a defesa recorreu da decisão e aguarda a fase do recurso. Por conta disso, não há previsão de quando um possível julgamento acontecerá.
Segundo a defesa, recurso para que o réu não passe pelo júri popular ocorre, porque “não há provas de que Hian teve participação no crime”.
Já de acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia dos fatos, o denunciado estava trabalhando em uma obra da igreja e percebeu a oportunidade de matar a vítima quando ela brincava com outras crianças. Hian teria pego uma vara e ficado aguardando nas proximidades do campo de terra.
Quando as outras crianças que estavam no local saíram, o denunciado atraiu o menor para dentro da mata, local onde não seriam vistos ou ouvidos, e teria jogado a vítima no chão lamacento, forçando o rosto da criança para baixo, fazendo com que a mesma aspirasse lama, informou o MP.
Ainda segundo o Ministério Público, já com a vítima desfalecida, mas ainda viva, o denunciado ouviu um suspiro vindo de Danilo, pegou a vara, que ele havia levado, e a inseriu na nádega da vítima para conferir que ela não mais reagiria. Com a vítima inerte, saiu do local.
Relembre
Danilo desapareceu no dia 21 de julho, mas seu corpo foi encontrado em estado de decomposição após sete dias de busca, em um lamaçal, em área de difícil acesso, distante 10 metros do córrego. À época, no dia 31 de julho, o padrasto do menino e o colega dele, Hian Alves, foram presos. Hian confessou que ajudou o padrasto a matar a criança em troca de uma moto. O padrasto, no entanto, negou a participação e afirmou que tudo se tratava de uma armação.
Após investigações, a Polícia Civil concluiu que padrasto não teve participação no crime e apontou Hian Alves como sendo o assassino da criança. O crime teria sido motivado, porque o autor teria ciúmes da relação do padrasto de Danilo com um pastor da região.
Segundo a polícia, Hian sabia que o padrasto seria considerado suspeito, devido as passagens por violência que ele possuía. A corporação descartou, também, que o padrasto pudesse ter atuado como mandante do crime.
No dia 12 de agosto, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Hian Alves de Oliveira. O órgão pediu, ainda, a soltura do padrasto da vítima, que foi preso suspeito do crime, mas inocentado pela Polícia Civil posteriormente.