Depois de indígenas e quilombolas, UFG cria cotas para transexuais
programa UFGInclui vai oferecer vagas extras para transexuais que tenham cursado ensino médio em escola pública e situação econômica vulnerável
O Conselho Universitário da Universidade Federal de Goiás (UFG) aprovou, por unanimidade, a ampliação do Programa UFGInclui para contemplar pessoas transexuais, transgêneros e travestis. A medida, que visa garantir o ingresso de estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, entra em vigor no próximo processo seletivo do programa, com previsão de ingresso para o primeiro semestre de 2025.
Anteriormente, o UFGInclui oferecia vagas extras para estudantes indígenas e quilombolas. A partir de agora, o programa também oferecerá vagas adicionais para pessoas trans e travestis que tenham cursado o ensino médio em escola pública e se encontrem em situação socioeconômica vulnerável.
A iniciativa é resultado de um diálogo constante entre a UFG e o Coletivo Xica Manicongo, que representa a comunidade trans e travesti na Universidade. Durante a reunião do Conselho Universitário, integrantes do Coletivo apresentaram dados sobre a realidade da população trans e travesti no Brasil, destacando a importância de ações afirmativas para garantir o acesso à educação superior.
O pró-reitor de Graduação da UFG, Israel Elias Trindade, destacou o histórico da Universidade na promoção de ações afirmativas e reforçou o compromisso com a inclusão. “Precisamos colocar esses estudantes dentro da UFG e depois cuidar também da permanência e do êxito estudantil”, afirmou.
A secretária de Inclusão da UFG, Luciana Dias, ressaltou que a ampliação do UFGInclui é fruto de um diálogo amplo e construtivo com o Coletivo Xica Manicongo. “Estamos trabalhando em conjunto para que a implementação da medida seja a mais exitosa possível”, disse.