Deputado propõe audiência sobre assédio com presença de supostas vítimas do prefeito de São Simão
Prefeito foi preso em 28 de julho e solto no último dia 2 de setembro
O deputado estadual Rafael Gouveia (PP) realiza uma audiência pública remota sobre assédio sexual praticado por agentes públicos em Goiás com as supostas vítimas do prefeito de São Simão, Francisco de Assis Peixoto (PSDB), nesta quinta (9), no auditório Solon Amaral da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O evento será transmitido ao vivo pela TV Alego e Youtube, às 8h30.
“Recentemente tivemos casos de grande repercussão em Goiás que a cada dia novas vítimas têm aparecido e precisamos dar um basta nisso. Pessoas indefesas têm todo o futuro prejudicado por esses criminosos e vamos nos unir para que nossas instituições tenham condições de enfrentar a prática desse crime da forma que deve ser”, diz o parlamentar.
No evento também estarão presentes representantes da Gerência da Criança e Adolescente de Goiás, Conselho Tutelar, entidades e associações, vítimas e pais de vítimas, bem como o relator do processo de impeachment contra o prefeito de São Simão, Assis Peixoto, vereador Ildo Carlos, entre outros.
Prefeito de São Simão
Vale lembrar, o Tribunal de Justiça de Goiás mandou soltar o prefeito afastado de São Simão, Francisco de Assis Peixoto (PSDB), no último dia 2. O político estava preso desde o dia 28 de julho, acusado de importunação sexual e de divulgar pornografia envolvendo criança ou adolescente. Assis está preso no Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia.
A decisão sobre o habeas corpus teve relatório da desembargadora Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira, que foi acompanhada de forma unânime pelos demais magistrados.
Edemundo Dias, advogado do prefeito, disse ao Mais Goiás que a unanimidade da decisão deixa a defesa satisfeita. Segundo ele, o habeas corpus foi impetrado na semana passada, com julgamento iniciado na quinta (26 de agosto). Contudo, a desembargadora relatora pediu vistas antes de proferir a decisão nesta data.
“Na verdade, o que fizeram foi prender para depois investigar”, disse o advogado. Ele afirma que a acusação imaginou que seria um caso no qual várias outras acusações surgiriam, mas isso não ocorreu. “Houve uma espetacularização. A expectativa da acusação é que o prefeito se tornasse um novo João de Deus.”
Caso do prefeito de São Simão
Durante a prisão, em 28 de julho, foram cumpridos também três mandados de busca e apreensão. Participaram da operação 4 promotores de Justiça, 4 delegados da Polícia Civil e 12 policiais civis. O Centro de Inteligência do MP-GO apoiou a operação.