Desaparecimento de Pedro Lucas em Rio Verde completa 1 ano sem solução
Na casa da família, uma perícia realizada no dia 18 de dezembro de 2023 encontrou sangue no tanque e próximo ao berço da irmã de Pedro Lucas
O desaparecimento de Pedro Lucas Santos completa um ano nesta sexta-feira (1º) e, até o momento, a Polícia Civil não tem informações de onde passa estar o corpo do menino de 9 anos. O garoto sumiu depois de levar o irmão mais novo para a escola, em Rio Verde, na região Sudoeste de Goiás.
De acordo com delegado responsável pela investigação, Adelson Candeo, há evidências que mostram que o menino foi assassinado de forma violenta pelo padrasto, o pedreiro José Domingos Silva dos Santos, de 22 anos. O homem chegou a ser preso e indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, mas foi liberado após o vencimento do prazo da prisão temporária.
Evidências de assassinato
Em um documento enviado à imprensa em 9 de janeiro deste ano, a PCGO detalha que houve demora da família para comunicar a situação. A denúncia foi levada à polícia quatro dias depois do desaparecimento após parentes da criança fazerem uma visita e notar a ausência de Pedro Lucas.
Em depoimento, a mãe contou que, no dia em que Pedro sumiu, o menino disse que iria para a casa da avó materna e, quando o casal foi buscá-lo, encontraram a casa fechada e deduziram que ele tinha ido para a roça com a parente. Porém, descobriram que a criança não estava com ela no dia 5 do mesmo mês.
Para a polícia, os relatos da mãe e do padrasto são uma “história fantasiosa”, criada e planejada para ser dita durante os depoimentos.
Relação ruim com Pedro Lucas
Uma amiga de Pedro Lucas ouvida pela polícia afirmou que José Domingos odiava o enteado. “O padrasto odiava ele. O Pedro ficava chorando lá no canto do quarto dele e me falava que o padrasto era chato, feio, e que ele nunca queria ter ele em sua vida. Eu sei que o padrasto e a mãe batiam nele de cinto, porque eu via as marcas nas costas dele.”
Segundo o delegada, entre as testemunhas ouvidas, a menina foi a única a demonstrar sofrimento por não saber onde estava o amigo.
Na casa da família, a perícia realizada em 18 de dezembro de 2023, encontrou sangue no tanque e próximo ao berço da irmã de Pedro Lucas.
Outro fator que chamou a atenção da polícia foi a mudança de rotina do padrasto. A diretora da escola em que o irmão da vítima estuda não conhecia José Domingos, pois ele nunca tinha ido ao local, já que Pedro Lucas sempre buscava o irmão, e eles iam sozinhos para casa. Mas, no dia do desaparecimento, o homem saiu do trabalho mais cedo para buscar o filho.
José Domingos nega o crime.