Bebê que morreu com sinais de agressão era filho de pais suspeitos de maus-tratos
Polícia Civil investiga desobediência a ordem judicial e omissão de familiares na morte do bebê
A morte do bebê de um ano e nove meses em Goiânia, no último sábado (14), pode ter sido influenciada pela desobediência a uma ordem judicial e pela possível negligência de familiares.
De acordo com a Polícia Civil, após uma agressão contra o bebê, a guarda deveria ter permanecido com a avó, mas por algum motivo ela entregou a criança ao casal e, 13 horas depois, o bebê foi levado ao hospital com sinais de agressão e fraturas.
Entenda o caso
De acordo com o Conselho Tutelar o bebê havia sido examinado em 3 de dezembro, quando foram levantadas suspeitas de maus-tratos e diante da situação os pais perderam a guarda da criança que foi entregue aos cuidados da avó.
A polícia agora investiga a responsabilidade avó na morte da vítima, incluindo a possibilidade de omissão de outros parentes e até de servidores públicos. De acordo com o delegado responsável pelo caso, as lesões apresentadas pela criança são incompatíveis com as alegadas pelos pais, que a causa teriam sido acidentes domésticos, no entanto indicam sinais de tortura e maus-tratos.
Os pais, um pintor e um auxiliar de serviços gerais, alegaram que os ferimentos foram causados por um guarda-roupa que caiu sobre o bebê, mas essa versão foi descartada após o laudo do Instituto Médico Legal. O pai foi preso em flagrante pelo crime de homicídio qualificado, enquanto a mãe foi liberada após audiência de custódia. A polícia ainda analisa uma nova ordem de prisão preventiva ou temporária para a mãe.