DECISÃO

Detento é condenado por homicídio triplamente qualificado após matar colega de cela com 50 facadas em Anápolis 

André imaginava que Ismailton (vítima) teria assediado sua companheira, por isso resolveu matá-lo dentro da cela em janeiro de 2020

Ismailton Martins Pinto (foto) foi assassinado no dia 16 de janeiro de 2020 (Foto: Divugação-DGAP)

André Rodrigues de Freitas, de 42 anos, foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado  de Ismailton Martins Pinto (foto), de 23, em uma cela da Cadeia Pública de Anápolis (GO). Segundo o Ministério Público de Goiás, o detento foi assassinado com 50 facadas no dia 16 de janeiro de 2020. Os novos jurados mantiveram a condenação do primeiro júri, com o acréscimo da qualificadora de motivo fútil.

De acordo com a denúncia oferecida Promotora de Justiça Maria Helena Gomes Medeiros, o autor imaginava que Ismailton teria assediado sua companheira. Por esse motivo, André resolveu matar o colega de cela com diversas facadas na cabeça, pescoço, rosto, tórax, braços, barriga, costas, ombro e glúteos.

O MP-GO informou que “o réu havia sido anteriormente condenado pelo júri popular, no entanto, a decisão foi anulada pelo Tribunal de Justiça, por ter sido considerada contrária à prova dos autos”.

Em nova sessão, realizada no dia 1º de junho de 2022, o Tribunal do Júri de Anápolis acolheu a sustentação de acusação feita pela promotora de Justiça Adriana Marques Thiago.
Os novos jurados mantiveram a condenação do primeiro júri, com o acréscimo da qualificadora de motivo fútil, “fazendo prevalecer, dessa forma, a soberania do Tribunal do Júri”, afirmou a promotora Adriana Marques.

Sobre o homicídio

Há época, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou em nota que um procedimento administrativo havia sido aberto para apuração da morte do custodiado que foi encontrado sem sinais vitais, em uma das celas da Unidade Prisional Regional de Anápolis.

André Rodrigues de Freitas possui antecedentes por crimes de furto, roubo, porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. Naquele dia, ainda com as pernas sujas de sangue, ele confessou o crime à Polícia Civil e afirmou que matou Ismailton porque soube que ele havia tentado molestar sexualmente a companheira dele.