Aparecida de Goiânia

Detento morre agredido, e suspeitos enviam vídeo ao pai da vítima

A vítima aguardava julgamento por tráfico e associação criminosa.

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Um detento morreu após ser agredido na Casa de Prisão Provisória do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia , na noite de sábado (30/08). A vítima aguardava julgamento por tráfico e associação criminosa.

O pai do rapaz afirma ter recebido durante a madrugada do dia seguinte, por celular, dois vídeos que mostram o filho sentado no chão da cela e machucado após ser agredido. Revoltado com o crime, o pai da vítima cobra justiça.

Em um dos vídeos, Victor Alexandre Coelho Gomes, 19 anos, é obrigado pelos agressores a dizer o que motivou a ação deles. A vítima diz que “caguetou”, ou seja, que denunciou alguém. Além disso,quando perguntado pelos agressores o que ele merece, o detento afirma que merece apanhar.

Em nota a Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça (SAPeJUS) informou que a direção da CPP abriu sindicância para apurar as circunstâncias e as responsabilidades sobre a morte do detento.

Confira na integra a nota da SAPeJUS:

“A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária e Justiça (SAPeJUS) informa que a direção da Casa de Prisão Provisória (CPP) no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia abriu sindicância para apurar as circunstâncias e as responsabilidades sobre a morte do detento Victor Alexandre Coelho Gomes, 19 anos, que aguardava julgamento por tráfico e associação ao tráfico.

O preso foi encontrado morto na cela em que estava por volta das 21h do último sábado, 30/08. Um detento que assumiu a autoria do crime foi encaminhado para o 2º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia,onde foi registrado o flagrante do homicídio a partir do qual será feita a investigação criminal sobre o fato. A Polícia Técnico-Científica também foi chamada à unidade para realizar o trabalho de perícia.

A sindicância que apurará a morte do detento também vai apurar a entrada dos celulares, os quais foram utilizados para a gravação do vídeo. A direção da CPP encaminhou ao Núcleo de Custódia os principais suspeitos de terem produzido o vídeo. Eles deverão cumprir sanção disciplinar por 30 dias.”