QUERIDINHA DOS GOIANOS

Dia da pamonha é celebrado em Goiás pela primeira vez neste sábado (3)

A pamonha é um dos principais símbolos da culinária goiana, juntamente com o pequi e o pit-dog

Goiás celebra neste sábado (3) o Dia Estadual da Pamonha. Esta é a primeira vez que a data é comemorada no estado, e coincide com o início da colheita da safra de milho. A data passou a ser celebrada em 2024, após projeto de lei do deputado estadual Gugu Nader (Agir) ser aprovado na Assembleia Legislativa (Alego) e sancionado pelo Governo Estadual, sob a Lei nº 22.535/23.

A pamonha é um dos principais símbolos da culinária goiana, juntamente com o pequi e o pit-dog. A iguaria é tão consumida que é possível comprá-la não só em pamonharias, mas também em supermercados, restaurantes e feiras, por exemplo.

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A pamonha é um produto derivado do milho, cereal de alto valor energético originário do México e consumido pelas civilizações pré-colombianas. O alimento é especialmente rico em carboidratos e, apesar de não ser fonte essencial desses nutrientes, possui também vitaminas B1, B2, E e ácido pantotênico, além de minerais como fósforo e potássio. 

Devido à possibilidade de uso tanto na indústria alimentícia (humana e animal) como na química e mecânica, o milho é uma das principais culturas agrícolas do Brasil. Em 2023, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ele registrou o maior crescimento absoluto entre todos os cultivos de grãos, em Goiás, com volume estimado de 12,6 milhões de toneladas. 

Segundo o livro “História da Alimentação no Brasil”, de Câmara Cascudo, o nome pamonha vem do idioma tupi e significa pegajoso e grudento. A delícia é resultado de heranças da culinária indígena, mas não há consenso sobre sua localidade exata de origem. Ela é consumida em diferentes regiões do País e cada estado tem sua especificidade na receita. 

Conforme dados de 2022 da Junta Comercial de Goiás, existem mais de 11 mil pamonharias registradas em todo o Estado. A maioria está em Goiânia, seguida, em ordem decrescente, por Aparecida de Goiânia, Anápolis, Rio Verde e Águas Lindas de Goiás. 

Em Goiás, o ingrediente básico é o milho verde ralado e as preparações variam na quantidade de açúcar e/ou sal, tipo de gordura usada (animal ou vegetal) e outros ingredientes que podem ser ou não incorporados como queijo, linguiça, coco, pimenta, carne, jiló, entre outros. 

Em linhas gerais, junta-se a massa feita de milho ralado com o óleo quente e, à mistura, são acrescentados sal ou açúcar e os demais ingredientes. O conteúdo vai para dentro de uma “trouxinha” feita da palha do próprio milho, que é amarrada para não vazar e, em seguida, colocada para cozinhar em água fervente.

*Com informações da Assembleia Legislativa de Goiás