Dia de Combate a Hanseníase alerta para importância do diagnóstico precoce
Em caso de suspeita a recomendação é procurar a unidade básica de saúde mais próxima para fazer um exame clínico com um especialista
No próximo domingo, dia 25 de janeiro, será celebrado o Dia Nacional de Combate e Prevenção a Hanseníase. De acordo com a coordenadora de Controle de Doenças Crônicas da Secretaria da Saúde (SES), Denise Ferreira de Freitas, a data instituída no último domingo de janeiro reflete a importância do diagnóstico precoce da doença para o tratamento imediato e cura dos casos. Ela explica que os principais sintomas são manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele com perda de sensibilidade e o comprometimento de nervos periféricos como do pescoço, braços, pernas e pés.
Em caso de suspeita a recomendação é procurar a unidade básica de saúde mais próxima para fazer um exame clínico com um especialista, a avaliação dermatoneurológica. Diante do diagnóstico o paciente deve iniciar o tratamento, que é gratuito e prevê uma dose supervisionada mensal de medicamento e a medicação que deve ser tomada em casa. “O tratamento é gratuito e deve ser oferecido em todas as unidades básicas. Os municípios recebem via assistência farmacêutica estadual os medicamentos para o tratamento de cada paciente. A medicação é doada pela OMS para os países endêmicos. A partir do momento que inicia o tratamento, o paciente deixa de transmitir a doença”, diz.
Denise afirma que a SES monitora a situação epidemiológica nos municípios goianos por meio das unidades regionais e que apesar de haver uma queda gradual ano após ano, a incidência está acima do índice aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 20 casos para cada 100 mil habitantes.
Incidência
Em 2014, quando foram detectados 1.352 novos casos da doença (dados parciais), a taxa chegou a 20,7/100 mil. Em 2013, com 1.909 registros, era de 29,7/100 mil. O Estado também se encarrega de fazer o treinamento dos profissionais de saúde. “No ano passado, fizemos a capacitação de cerca de 600 profissionais de saúde, sendo médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, para o manejo clínico da hanseníase”, acrescenta. Se antigamente os doentes com deformidades físicas sofriam preconceito da sociedade, chegando a ficar isolados, atualmente faz-se necessário destacar que a doença tem cura e o devido acompanhamento na rede básica de atenção à saúde, como define Denise.
Transmissão
A hanseníase é causada pelo bacilo de Hansen. A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar – MB) e que, estando sem tratamento, elimina o bacilo por meio das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim infectar outras pessoas suscetíveis.