Dinheiro arrecadado por sites falsos de ajuda ao RS será redirecionado para o Sul, diz polícia
Um dos presos em Goiás na operação de hoje mora em Goiânia, tem 20 anos, e é apontado como o cabeça da organização
Após prender nesta quarta-feira (19/6), em Goiás dois suspeitos de participação em um golpe, o delegado João Vitor Heredia, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) do Rio Grande do Sul, disse que tentará fazer com que o dinheiro arrecadado de forma indevida seja, de fato, repassado às vítimas da pior enchente da história do Brasil, ocorrida recentemente, naquele estado. Um dos presos em Goiás na operação de hoje mora em Goiânia, tem 20 anos, e é apontado como o cabeça da organização criminosa que faturou R$ 36 milhões com o golpe.
As doações de valores obtidas em uma espécie de vaquinha virtual, segundo a polícia, eram transferidas como pagamentos para uma loja, criada pelos quatro integrantes já identificados. Um dos criadores das páginas falsas, que tem somente 16 anos, foi apreendido no mês passado em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e o outro, da mesma idade, na manhã de hoje, em Luziânia, cidade goiana que fica no Entorno do Distrito Federal. Seugndo o delegado, os adolescentes são conhecidos como “players”.
Também na manhã de hoje, os agentes da PC do Rio Grande do Sul, que tiveram o apoio de colegas da Delegacia Estadual de investigações Criminais (DEIC), de Goiás, prenderam uma mulher de 47 anos, em Luziânia, que seria a responsável por receber parte dos valores arrecadados. Além das prisões e apreensões, os policiais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão, ocasião em que encontraram uma grande quantidade de dinheiro em espécie, incluindo moeda estrangeira, documentos, computadores, e celulares.
Bens e contas dos quatro investigados já foram bloqueados pela justiça
Além dos mandados de prisão, e de busca e apreensão, a PC do Rio Grande do Sul conseguiu fazer com que a justiça daquele estado decretasse o bloqueio total dos bens, e das contas dos investigados. “Nossa expectativa é que, ao final das investigações, os valores bloqueados sejam, agora sim, de fato, repassados às vítimas das enchentes”, declarou o delegado João Vitor Heredia.