Diretor da Adial é ouvido na CPI dos Incentivos Fiscais: “Goiás vive momento de insegurança jurídica”
O diretor-executivo da ADIAL, Edwal Portilho afirmou hoje na oitiva do CPI dos Incentivos Fiscais,…
O diretor-executivo da ADIAL, Edwal Portilho afirmou hoje na oitiva do CPI dos Incentivos Fiscais, na Assembleia, que Goiás vive um momento de insegurança jurídica para a realização de novos investimentos privados no Estado. “A indústria da transformação, juntamente com a da construção civil, empregam atualmente mais de 300 mil trabalhadores no mercado de trabalho formal. Nos últimos últimos 4, 5 anos sofremos uma piora no indicador de investimentos privados no Estado. Caímos de sexto para a décima posição no indicador de desempenho de investimentos e expansão industrial no País. Temos vivido, além da recessão econômica, também um momento de insegurança jurídica, por conta do aumento da carga tributária no Estado, com a redução dos incentivos fiscais”, disse.
Edwal Portilho defendeu que a industrialização tem papel fundamental na interiorização do crescimento do Estado. “São mais de 15,5 mil indústrias, o 7º maior parque fabril do País. Temos fábricas em todas as regiões do Estado e, praticamente, em todos os munícipios. Essa distribuição dos negócios é incomum no País, que tem como marca o contrário, a concentração industrial em poucas cidades”, disse.
Respondendo à pergunta do deputado Henrique Arantes (PTB), Portilho afirmou que nunca fez qualquer insinuação sobre o que seria o real propósito dos parlamentares na CPI dos Incentivos Fiscais. Explicou que o processo para a concessão de incentivo fiscal para uma empresa investir no Estado é transparente, passa por várias secretarias e órgãos do Estado, e auditado anualmente pelo corpo técnico da Secretaria da Economia.
“Minha vida confunde muito com os incentivos fiscais em Goiás. Comecei minha carreira como pequeno produtor, mas atuei para a atração de um dos maiores investimentos privados para Goiás, que foi a Perdigão (hoje BRF). Naquela época, a indústria tinha participação de 4% no PIB de Goiás. Hoje está em 26%. A economia goiana era apenas a 15ª maior do País, hoje é a 9ª. A economia e o parque industrial de Goiás hoje ficam apenas atrás dos três Estados do Sul do País e da Região Sudoeste”, frisou Portilho.
O deputado Talles Barreto (PSDB) disse que chegou para o conhecimento da CPI que Portilho teria feito algum comentário, em aplicativo de mensagens, sobre qual seria o real objetivo dos deputados, mas o parlamentar não apresentou nenhum material para sustentar esta afirmação. Disse apenas que está informação chegou ao seu conhecimento. Portilho voltou a afirmar que tal atitude não faz parte da sua condução profissional de mais de 25 anos como executivo de grandes empresas e agora na Adial.