Diretora de Cmei é agredida por assessor de vereador, em Goiânia
Vítima tentava impedir que uma faixa fosse colocada na entrada da instituição. Vereador afirmou que já solicitou a exoneração do assessor
A diretora de um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) em Goiânia foi agredida na tarde desta quarta-feira (13). Keilly Mágila Gonçalves Assis Moura foi atacada depois que tentou impedir um assessor do vereador Paulo Magalhães (PSD) de fixar uma faixa no muro da instituição de ensino.
A agressão aconteceu por volta das 13 horas, no Residencial Buena Vista.
De acordo com a Polícia Militar, dois homens foram à instituição de ensino para colocar uma faixa do vereador no local. Enquanto a diretora conversava com um deles para impedir a fixação da publicidade ali, o outro a atingiu com um chute nas costas. A vítima bateu com o rosto no muro e se machucou.
Em um vídeo gravado por um dos funcionários do Cmei, é possível ver a diretora caída no chão. Ela foi ajudada por funcionários da escola. As imagens também mostram o suposto agressor, que, enquanto recolhe a faixa, afirma que estava trabalhando.
Vários ferimentos
Após a agressão, a vítima foi encaminhada para o Centro de Atendimento Integrado à Saúde (Cais) do Bairro Goiá. De lá seguiu para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).
A filha da vítima, Letícia Gonçalves Assis, afirmou ao Mais Goiás que, até as 19h40, a mãe estava na sala de emergência do Hugol. Segundo ela, Keilly está passando por exames para saber a gravidade do estado de saúde.
“Ela está consciente, mas com o rosto todo inchado e cortado. Ela também tem dificuldades na fala”, disse Letícia. “Estamos aguardando a realização de exames para saber se houve alguma fratura. Os médicos falaram que não tem previsão de alta. Estamos aguardando para ir ao IML e fazer o boletim de ocorrência”, disse Letícia.
Exonerado
A assessoria do vereador Paulo Magalhães afirmou que o político já solicitou a exoneração do suspeito. Através de nota, o vereador afirmou que “lamenta profundamente o ato e deixa claro não compactuar com qualquer ato de violência, sobretudo, contra as mulheres”. O nome do suspeito não foi revelado.