Diretora de colégio militar que teria usado verbas com bebidas e barbearia deixa cargo

A tenente-coronel da Polícia Militar, Michella Rodrigues, deixou a direção do Colégio Estadual da PM Vasco dos Reis, em Goiânia. A saída ocorre após a repercussão da reclamação de pais de alunos que a Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF), que gerencia as verbas da escola, estaria gastando o dinheiro com bebidas alcoólicas, barbearia, espetinhos, almoço de comandantes, etc.

Pelas redes sociais, ela confirmou a saída e postou mensagens de apoio dos alunos. “Agradecemos por todo serviço prestado a essa unidade de ensino. Com sua garra a coragem mostrou para nós estudantes o melhor caminho para chegar nos nossos sonhos. Nós a admiramos e agradecemos por tudo”, diz trecho de uma delas.

As escolas são mantidas com o dinheiro do Estado. Contudo, os pais fazem a contribuição para algumas manutenções na unidade. Eles, contudo, denunciaram o uso para compras de chope, espetinhos, barbearia e mais. Inclusive, conforme reportagem do Mais Goiás sobre o assunto em 15 de abril, consta um almoço de comandantes no valor de R$ 8 mil e serviço de jardinagem em R$ 5 mil, apesar de não haver jardim na escola.

À época, o Comando de Ensino da Polícia Militar disse que a Associação de Pais, Mestres e Funcionários é “uma entidade de direito privado, gerido por uma equipe composta por integrantes da Comunidade Escolar, tendo total autonomia sobre as receitas e despesas, e não sofrendo nenhuma interferência por parte da Polícia Militar, tão pouco pelo Comando de Ensino”.

A APMF, também naquele momento, afirmou que espetinhos, biscoitos e outros itens foram servidos no Dia das Crianças aos alunos. Também justificou que existem, sim, jardins espalhados pelo colégio e que estes demandam manutenções periódicas.

Sobre lixas e esmaltes, foram adquiridos para evento do Dia das Mães dos alunos; barbearia foi disponibilizada dentro do colégio para os estudantes com custo mais acessível; e chope foi no fim do ano passado para confraternização dos professores fora do ambiente escolar.

O portal entrou em contato com a PM para saber se a saída tem relação com a repercussão, mas não teve retorno até o fechamento da matéria.