POLÍCIA CIENTÍFICA

Disparo de PM que matou entregador em Itumbiara não foi acidental, diz perícia

“Conclui-se que não havia defeito ou falha no mecanismo de disparo da arma examinada”, diz laudo pericial

Disparo de PM que matou entregador em Itumbiara não foi acidental, diz perícia (Foto: Reprodução)

O policial militar filmado ao agredir e matar um entregador em Itumbiara, em março deste ano, não fez um disparo acidental, como informou o jurídico da Associação dos Subtenentes e Sargentos do Estado de Goiás (Assego), à época. Laudo pericial da Polícia Científica apontou que não havia esta possibilidade nas condições descritas. 

“Conclui-se que não havia defeito ou falha no mecanismo de disparo da arma examinada”, diz trecho do documento divulgado pelo G1. Segundo a Polícia Científica, o percussor da arma não poderia atingir a espoleta do cartucho e disparar sem que o gatilho fosse acionado de forma adequada.

O crime ocorreu no meio da rua, na noite de 12 de março deste ano. Vídeo mostra quando o PM, que é um subtenente da corporação e estava de folga, e o entregador trocam empurrões. Em dado momento, o militar, que está com uma arma na mão, atinge o rapaz com o artefato, que acaba disparando. O jovem cai no chão.

Após o crime, o policial guarda a arma na cintura.

Caso

Sobre a briga, ela teria ocorrido após uma confusão envolvendo a moto do entregador. O jovem estaria fazendo acrobacias e o PM ameaçou chamar o guincho. Com a moto parada, o militar não queria deixar o rapaz retirá-la do local onde estava estacionada e ela caiu no “empurra-empurra”, o que acirrou os ânimos.

O PM, então, deu socos e empurrões no entregador, se desequilibrou e caiu. Quando levantou, já estava com a arma em mãos, segundo a denúncia. Ele, então, deu um golpe no rapaz e o equipamento disparou.

O Ministério Público de Goiás disse que o policial assumiu o risco e matou o jovem por motivo fútil. Além disso, afirmou que ele poderia colocar em risco outras pessoas. No mês de agosto deste ano, a juíza Natácia Lopes Magalhães pronunciou o PM para que ele vá a júri popular. Além disso, negou que o militar respondesse ao processo em liberdade.

Assista a ocorrência AQUI.