Distribuidoras de bebidas protestam contra ordem para fechar às 20h em Goiânia
Conforme os distribuidores, que já organizam uma nova manifestação, o decreto é injusto uma vez que faz distinção de estabelecimentos
Proprietários de distribuidoras de bebidas de Goiânia realizaram, nesta quinta-feira (28), uma carreata de protesto que partiu do Jardim Curitiba e foi até o Paço Municipal. O ato dos comerciantes foi uma reação ao decreto municipal de nº 690, publicado ontem, quarta-feira, pela Prefeitura de Goiânia, que determina o fechamento de distribuidoras às 20h e de bares às 23h. Conforme os distribuidores, que já organizam uma nova manifestação, o decreto é injusto uma vez que faz distinção de estabelecimentos.
Ao Mais Goiás, o empresário Fernando Lisboa, proprietário de uma distribuidora de bebidas localizada no setor Central que ajudou a divulgar o ato, relata que a carreata, que saiu às 9h30 da Praça do Tijolão, no Jardim Curitiba, foi uma “reinvindicação por direitos iguais”. De acordo com ele, a proposta de fechamento não há sentido no proposta de determinar o fechamento de distribuidoras uma hora antes dos bares.
“A gente só quer trabalhar e estão nos proibindo. Bares e restaurantes vão ficar até 23h. Por que distribuidoras de bebidas têm que fechar 20h? A justificativa do prefeito é ilógica, porque se a gente fechar no mesmo horário dos bares, como o pessoal vai ficar nas distribuidoras?”, afirma.
Em entrevista coletiva na noite de ontem, quarta-feira, o prefeito Rogério Cruz disse que distribuidoras e lojas de conveniência são alvos de diversas denúncias. “São relatos de carro de som com alto volume, mesas na calçada e bastante aglomeração. O fechamento desse tipo de comércio antes dos bares evita que as pessoas vão para esses locais posteriormente”, comentou.
No entanto, para Fernando Lisboa, “existe mais aglomeração em praças, supermercados, igrejas” do que nas distribuidoras. “Não somos responsáveis pela disseminação do vírus”, declarou, se referindo ao agente causador da covid-19, Sars-CoV-2 (novo coronavírus).
“Movimento direitos iguais”
Além da carreata que foi realizada hoje, os donos de distribuidoras já organizam outros dois atos para as próximas segunda e terça-feira, 1º e 2 de fevereiro. Os empresários dizem que darão um prazo à Prefeitura de Goiânia para diálogo. Todavia, caso não haja resposta, eles voltarão às ruas na segunda à partir das 19h.
A reportagem do Mais Goiás entrou em contato com a prefeitura sobre a questão e aguarda um posicionamento.