Falta de pagamento

Dívida de R$ 5 milhões pode provocar recolhimento de tornozeleiras

Com sede no Paraná, empresa está sem receber há três meses e ameaça interrupção do serviço na próxima quarta-feira (3)

O governo de Goiás não pagou três meses de um contrato firmado com a empresa responsável pelo monitoramento de presos por tornozeleira eletrônica. O valor, segundo a empresa, superior a R$ 5,5 milhões, são referentes aos meses de maio a agosto. O governo tem até esta terça-feira (2) para fazer o pagamento e a suspensão dos serviços deverá acontecer na quarta-feira (3).

Uma reunião já está prevista para a terça-feira (3), na Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz), com representante da empresa e da Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), para acertar uma negociação da dívida, mas a empresa Spacecom Monitoramento Eletrônico, de Curitiba (PR), não demonstra abertura para diálogos e quer o valor pago, se não, haverá suspensão do serviço.

Atualmente, 4 mil pessoas são monitoradas em Goiás. O serviço é feito para quem cumpre medida socioeducativa, com prisão domiciliar, ou está no sistema semiaberto.

Este não é o único serviço que é afetado no sistema prisional goiano por falta de pagamentos. O Mais Goiás adiantou, com exclusividade, na semana passada, que dois dos cinco equipamentos de Raios X (body scan) instalados em presídios de Goiás foram desligados e a dívida pode passar dos R$ 16 milhões.

RESPOSTA

A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informa que está em tratativa com a Secretaria da Fazenda para pagamento das faturas, de maio a agosto, do contrato com a empresa Spacecom Monitoramento Eletrônico.

Nesta terça feira (02/10), acontece uma reunião com a Sefaz e participação de representantes da empresa para consolidação de acordo.